Minha namorada me traiu com meu irmão, mas anos depois eu me vinguei

CAPÍTULO 1


Meu nome é Mateus, e na época em que essa história começou, eu ainda morava com meus pais e meus dois irmãos, Isabela e Tiago. A diferença de idade entre nós três era pequena, sendo eu o mais velho, seguido por Tiago e, por fim, Isabela, a caçula.

Sempre fui o mais introvertido dos três, preferindo a solidão do meu quarto, onde me dedicava ao computador e aos estudos, o clássico nerdão. Tiago era o oposto. Praticava diversos esportes, era cercado por um extenso círculo de amigos e todo final de semana ia a uma festa diferente. Admito que sentia uma ponta de inveja de como ele, sendo mais novo, era tão mais bem sucedido que eu com o sexo oposto.

Mas, para mim não importava tanto, porque na época eu tinha encontrado a menina que eu acreditava ser o amor da minha vida. Sofia tinha estudado comigo desde o primário. A gente sempre foi muito amigos, mas quando a adolescência chegou, essa amizade se transformou em algo mais.

Nossa relação era perfeita. Meus amigos brincavam dizendo que nosso amor era a prova viva que alma gêmeas existem, um tinha sido feito para o outro. Dificilmente a gente discutia, a gente vivia colado um no outro e do meu lado eu nunca senti falta de companheirismo, carinho e romance.

Tudo para gente era muito novo, já que ela foi minha primeira namorada, e eu o primeiro dela também. Quase todas as minhas primeiras vezes, foram com ela, inclusive, a gente perdeu a virgindade juntos.

Eu lembro certinho como se fosse ontem quando finalmente aconteceu. Meus pais e irmãos iam viajar para praia, e eu preferi não acompanhá-los para estudar. Ela, aproveitando o momento, se convidou para dormir em casa. Mesmo eu não sendo exatamente a pessoa mais esperta do mundo na época, sabia no que aquilo poderia dar.

Então eu me preparei. Vesti uma camisa social, cozinhei um jantar, e deixei a mesa posta preparada a luz de velas, clichês que eu tinha aprendido sobre o que é romance através de filmes. Quando Sofia chegou, fiquei até com raiva por ela ter ignorado tudo que eu tinha preparado. Ela só me beijou e sem falar nada, marchou direto para o meu quarto e tirou a roupa.

Eu fiquei embasbacado. Era a primeira vez que eu via uma mulher na minha frente nua, e eu tentava memorizar cada detalhe do corpo dela, com medo de esquecer quão perfeito era. Sofia era bem mais baixa que eu e tinha o cabelo castanho tocava na altura do seu ombro. Apesar de ser baixa e magra, sua bunda era redondinha e durinha, perfeita, eu até brincava com ela que parecia uma estátua de mármore.

E nunca vou esquecer da primeira vez que vi seu seios. Eram bem maiores do que eu sonhava, e a gravidade os faziam ficar no formato de uma gota. Seus mamilos eram grandes em um tom de marrom um pouco mais escuro do que a pele dela.

Toda minha compostura e foco se perderam quando vi as aréolas daquele peito. Instintivamente, minha boca foi na direção delas. Parecendo um corcunda, graças a diferença entre nossas alturas, comecei a chupar os peitos dela, possuído pelo momento.

Com a mão na minha cabeça, Sofia acariciava meu cabelo e me puxava para mais próximo dela, demonstrando a aprovação dela com minha iniciativa. Eu mordia de leve, engolia e passava a língua naquela região. Eu poderia ficar horas ali, não entendia como aquilo podia ser tão gostoso.

Sofia colocou as mãos no meu peito me empurrando de leve em direção a cama, onde caí sentado ao som dos risos suaves dela. Ela montou em cima de mim, tomando controle total da situação e continuou o ato do ponto exato de onde paramos. Segurando os próprios peitos, ela esfregava-os na minha cara, exigindo que minha boca continuasse a lhe dar prazer. Eu me sentia levemente sufocado debaixo daqueles seios, mas não era nem um pouco difícil obedecer aos caprichos dela.

Ela revezava colocando um seio e o outro perto dos meus lábios, garantindo que eu dava atenção igualitária a todas as partes do seu corpo. Meu coração disparava, toda vez que ouvia algum gemido menos contido da minha namorada.

“É agora Mateus”, minha cabeça não parava de repetir. Eu sentia que tinha que tomar alguma atitude para saciar o desejo fulminante que crescia dentro de mim, mas não sabia como.

“Parece que nosso amiguinho está feliz hoje, não para de me cutucar”, Sofia disse em meio a risadas, enquanto agarrou com força o meu sexo. Uma onda de vergonha e culpa percorreu meu corpo, como se fosse proibido eu estar em extâse naquela hora.

Eu emergi minha cabeça daqueles seios e abri os olhos, somente para ser contemplado com os olhos verdes de Sofia me encarando e seu sorriso malicioso. Sem desviar o olhar, a mão dela começou a deslizar suavemente, para cima e para baixo, me masturbando.

Eu sentia minha consciência desaparecendo, como se o prazer fosse me causar um desmaio. Sofia com uma mão se segurava em mim, para não cair do meu colo, e a outra usou para guiar meu membro para dentro dela. Posicionando meu sexo na sua entrada, ela foi rebolando devagar, cada movimento tornando a distância inexistente entre nossos corpos ainda menor.

Meus pés se torciam, meus braços apertavam o lençol da cama e uma corrente elétrica percorria meu corpo, sem sentido ou direção. Se eu sentisse mais prazer, meu sistema nervoso ia colapsar. Sofia tinha total domínio da situação. Com precisão e ritmo, ela movimentava seu quadril, para cima e para baixo, gemendo baixinho no meu ouvido.

Eu abracei ela o mais forte que pude, enquanto meu corpo descontroladamente ejaculava. Ela soltou um grito súbito e agudo, revelando que ela não estava esperando aquela minha reação. “Nossa Ma, é quentinho.” , Sofia me confidenciou em meio a risadas enquanto a gente se desvencilhava e se limpava.

Aquela experiência maravilhosa liberou um universo inteiro para mim. Só naquela noite, a gente fez mais quatro vezes, até meu corpo chegar em estado de completa exaustão. Mesmo sendo muito novo, eu já conseguia me imaginar vivendo o resto da minha vida com Sofia, eu acreditava que ela era perfeita. Por toda essa paixão que sentia, o que ela fez comigo, foi o golpe mais duro que tomei na vida.

 

CAPÍTULO 2


Para a continuação dessa história, faz sentido eu explicar como era minha relação com meu irmão. Apesar de sermos bem diferentes, a gente se dava muito bem. O Tiago não tinha nenhum hobbie em comum comigo, e a gente não costumava fazer muita coisa juntos, mas eu o ajudava com o que eu podia, e sempre fui o irmão mais velho protetor. Eu acreditava que ele estaria comigo a vida inteira, me ajudando caso eu tivesse um dia ruim, porque eu faria tudo para ver ele feliz.

E eu já pensei na minha cabeça milhares de vezes se existia algum sinal, talvez alguma fadiga na minha relação com a Sofia, algo que pudesse sinalizar o caos que minha vida iria se tornar. Mas, na realidade, nossa relação era maravilhosa. A gente namorou por nove anos, fazendo tudo que era possível, sem nunca ter faltado romance, companheirismo ou respeito.

A gente estava até morando junto, alugando um apartamento que meu pai era o proprietário, no mesmo prédio em que minha família morava. Meus pais e irmãos moravam no décimo segundo andar, e eu e Sofia morávamos no décimo terceiro. A gente tinha pouquíssima privacidade, mas era por um tempo limitado. Já tínhamos dado entrada numa casa, e logo após a lua de mel, a gente se mudaria para lá.

Minha vida estava totalmente planejada. Eu comprei um anel para Sofia, no dia que eu consegui meu primeiro emprego. Organizei tudo, e sem ela saber, convidei todos os nossos amigos e familiares para um jantar. Na frente de todo mundo, me ajoelhei e a pedi em noivado. A reação dela não poderia ser mais fofa. Chorou, pulou nos meus braços e gritou um sonoro sim, não deixando nenhuma dúvida que a partir dali, nós dois estávamos comprometidos. Minha família esperou algum tempo, veio nos abraçar e nos cumprimentar. Aquele era o momento mais feliz da minha vida.

As coisas começaram a desandar depois desse jantar. Eu planejei o casamento inteiro sem quase nenhuma ajuda de Sofia. Quando eu pedia opiniões para ela ou perguntava o que ela queria na festa, ela parecia no mundo da lua, e dizia para eu escolher o que eu achasse melhor. Quem me ajudava mais com toda organização eram os meus pais.

O casamento se aproximava, e embora Sofia estivesse estranha, eu achava que era uma fase, uma espécie de tensão pré-nupcial. Quando faltava uma semana para o casamento, ela sugeriu que eu passasse o final de semana em um hotel com meus padrinhos. Seria uma forma de eu relaxar, e segundo ela, ver a noiva antes do casamento dava azar. Eu adorei a ideia. Seria uma mini-férias e era a primeira vez que Sofia participava ativamente do planejamento do nosso matrimônio. As coisas pareciam que voltariam mais ao normal depois do casamento.

Na noite antes do casamento, eu, ansioso, comecei a organizar a roupa que eu vestiria. Eu tive um mini ataque de pânico quando percebi que esqueci o sapato. Minha cabeça começou a surtar. Como eu podia ter sido tão descuidado?

Parece besteira, mas recuperar o sapato se tornou um símbolo se eu conseguia ou não ter a vida perfeita que sonhava com a Sofia. Ela já estava surtando um pouco com o casamento, não podia deixar que soubesse do meu ato falho. Eu decidi então entrar escondido em casa, pegar o sapato e sair sem ela saber, até para não amaldiçoar meu casamento.

E meu plano quase deu certo. Já era tarde, eu imaginei que Sofia estava dormindo, se preparando para nosso grande dia. Eu fui me esgueirando, pela escuridão do nosso apartamento, na ponta dos pés em direção ao closet. Achei os sapatos e já estava pronto para partir, orgulhoso com minha furtividade. Meu corpo se enchia de adrenalina pensando que eu deveria seguir carreira como ninja.

Minha felicidade rapidamente deu lugar a confusão quando percebi que na mesa de centro da sala tinham duas taças de vinho. Sofia não me avisou que receberia nenhuma visita na minha ausência. Uma pessoa mais esperta que eu, logo desconfiaria. Mas, de forma bem inocente, pensei que ela provavelmente tinha chamado alguma amiga para não ficar sozinha e sofrendo de ansiedade antes do casamento.

Foi impossível continuar vivendo no meu mundinho de ilusões, quando ouvi risos vindo do nosso quarto. Se fosse uma amiga, ela estava de madrugada em casa e dormindo na mesma cama que minha noiva, o que era altamente improvável.

Meu coração palpitava, se preparando para o pior, embora eu ainda estivesse cheio de esperança que iria encontrar algo inocente. Eu fiquei de quatro e engatinhei na escuridão, temendo ser flagrado, e ser responsável por lançar uma praga na relação perfeita que eu tinha com Sofia.

O pior horror que vivi na minha vida, me esperava no meu próprio quarto, mais terrível que qualquer praga. Um homem estava na minha cama, em cima da minha noiva, os dois estavam nus e eles estavam se beijando.

Eu adoraria contar para vocês que eu comecei a gritar, interrompi o adultério ali mesmo e com a dignidade que me restava terminei o casamento e expulsei Sofia de casa. Mas, dizem que em situações de estresse extremo os animais têm duas reações possíveis: lutar ou fugir. No meu caso, eu me fingi de morto como uma barata, e fiquei ali em total silêncio com medo do que fosse acontecer se alguém descobrisse minha localização.

Eu estava sendo torturado ao assistir as mãos daquele homem percorrem o corpo de Sofia. A pior parte era que quando elas passavam por alguma região sensível dela, Sofia parava o beijo quase infinito que eles trocavam, apenas para soltar o riso mais doce do mundo, que eu tinha certeza que ela guardava só para mim.

“Vamos começar a sua despedida de solteira, noivinha?”

Sofia soltou uma gargalhada como se aquela fosse a piada mais engraçada do mundo, enquanto balançava a cabeça concordando com a sugestão do seu amante. Mas, a reação dela embora me machucasse, nem se comparava com a dor de eu ter reconhecido quem era o dono daquela voz. Eu me recusava a acreditar. Não era possível que Tiago, meu irmão mais novo, estivesse na minha casa, prestes a transar com minha noiva.

Meu choque era tão grande, que nem percebi quando os dois começaram o ato. Ainda por cima de Sofia, Tiago começou a se movimentar, devagar, desfrutando cada segundo do momento que seu sexo aos poucos penetrava minha noiva.

“Caralho, se tá muito molhada, vagabunda.”

Vagabunda? Fiquei furioso ao ouvir o modo como ele se dirigia a Sofia. A mulher eu conhecia jamais permitiria ser tratada dessa forma. Mas, naquele quarto não estava a pessoa que eu tinha jurado passar o resto da minha vida. Sofia pareceu se excitar com as palavras do meu irmão, afundando suas unhas nas costas dele, implorando para que ele continuasse.

Tiago não só continuou, mas com seu sexo totalmente dentro dela, aumentou o ritmo. Seus movimentos ficaram tão violentos que a cama pulava e se chocava contra a parede a cada estocada. Eu só conseguia pensar se algum vizinho poderia ouvir o que acontecia ali, especialmente meus pais que moravam no andar de baixo.

“Aí, que delícia! Se mete muito gostoso, Ti.”

Se o som da cama batendo era enlouquecedor e algo que eu teria que pagar anos de terapia para me livrar, os gemidos da minha noiva conseguiam ser piores. Os elogios de Sofia pareceram despertar uma besta enjaulada no meu irmão. Ele pediu que ela cruzasse as pernas nas costas dele, se levantou, e começou a possuí-la de pé, encostado na parede.

Tiago era mesmo um babaca. Ele estava naquela posição só para mostrar como era forte e musculoso. E isso parecia funcionar perfeitamente com minha noiva. Enquanto suas pernas balançavam freneticamente a cada novo movimento do meu irmão, os gemidos de Sofia se tornaram gritos.

“Caralho, puta que pariu, não para que eu vou gozar.”

Não consigo nem expressar quanto ouvir isso vindo de Sofia me entristeceu. O ciúmes me tomou com toda força, e pior, eu me sentia um fracassado, como se eu merecesse o que estava acontecendo, por não conseguir dar prazer para ela da forma que ela estava sentindo naquela noite.

Indiferente aos meus sentimentos, Tiago fez o contrário de parar. Ele arremessava minha esposa, como se ela não tivesse peso nenhum. Embora eu estivesse de costas, vendo mais a bunda do meu irmão do que qualquer coisa da cena, no ciclo da safadeza deles, eu conseguia ver o rosto da minha esposa subindo e descendo, ora se escondendo atrás do corpo de Tiago, ora tão alto que parecia estar voando.

E, a expressão no rosto de Sofia era a de alguém que estava perdida nas nuvens. Pude ver claramente quando seus olhos se fecharam, e o êxtase em seu rosto deu lugar a uma expressão de esforço. Eu sabia bem o que aquilo significava. Minha noiva estava gozando no pau do meu irmão caçula.

Os dois congelaram por um momento, para recuperar o fôlego depois daquele ato animalesco. Em nenhum momento, seus sexos se desengancharem, e minha noiva pendurada no meu irmão aproximou seu rosto dele, e os dois voltaram a se beijar.

“Isso foi maravilhoso, Ti. Merece uma recompensa.”

Tiago com calma desceu Sofia, interessado em qual seria essa tal recompensa. Ela, agora no chão e mais dona dos seus movimentos, colocou sua mão no peito dele, e deslizou dois dedos pelo corpo do meu irmão, traçando um caminho suave até que ela se ajoelhou diante dele.

Eu sei que o que vou falar agora é uma besteira sem tamanho, mas quando Sofia ficou cara a cara com o pênis do meu irmão, eu pude perceber quão bem dotado ele era. Aquele desgraçado era mais alto, mais atlético e mais jovem que eu. Agora tinha que lidar com o fato de além dele estar comendo a mulher que eu ia casar no dia seguinte, ele tinha um pau bem maior que o meu.

Sofia agia como uma profissional para recompensar seu amante. Ela posicionou uma mão embaixo dos testículos do meu irmão, apertando-o levemente, como se quisesse medir seu peso. A outra mão segurava a base do pênis dele, controlando-o com movimentos leves.

Mas aquilo, ainda não era o prêmio que ela prometera. Sofia aproximou seu rosto da ação, e ameaçou a dar uma mordida, fazendo graça para Tiago. Ela visivelmente embriagada, deslizou a língua para fora e começou a lamber a cabeça daquele membro, devagar e exalando sensualidade.

“Chupa logo esse caralho, puta.”

Que ousadia! Eu daria tudo na minha vida para trocar de lugar com meu irmão naquele momento, e ele nem parecia apreciar o que estava acontecendo, como se fosse um ato comum. A mulher que eu conhecia nunca seria tratada como uma prostituta na sua própria casa, eu tinha certeza que Sofia terminaria aquele ultraje e expulsaria Tiago da nossa casa.

Ela ergueu um pouco sua cabeça e seus olhos arregalaram, encarando diretamente Tiago. “É agora”, eu pensei acreditando que ela fosse reagir. Mas, a mulher naquele quarto não era a pessoa que eu conhecia. Sem desfazer o contato visual com meu irmão, ela só abriu a boca e empurrou o sexo dele o o mais fundo que conseguia dentro de si.

Tiago gritava palavrões e insultos, eufórico com a situação. Sofia concentrada continuava o vai-e-vem da sua boca com aquele membro, como se fosse uma máquina, usando todo seu corpo para satisfazer meu irmão. Eu já não aguentava mais, queria fugir dali, mas tinha medo que eles me descobrissem.

“Fica de quatro.”

Eu gelei quando ouvi a ordem do meu irmão. Eu estava escondido no chão, sem ultrapassar o batente da porta, mas o único lugar do quarto que Sofia conseguiria ficar naquela posição, era muito próximo do meu esconderijo. Sem pensar duas vezes, ela obedeceu. A distância entre mim e minha noiva era de apenas alguns centímetros, e embora a escuridão me escondesse, eu não sabia quanto tempo poderia ficar ali sem ser notado.

“Você já deu o cuzinho para seu noivo?”

A resposta era não. Eu nunca nem quis fazer sexo anal com ela. Eu não teria prazer sabendo que a mulher que eu amava poderia sentir dor. Ela não respondeu, ficou como uma estátua de quatro olhando para frente, à espera que Tiago continuasse com seus planos.

Sem nenhuma cerimônia, meu irmão sodomizou a minha esposa. Eu, a poucos metros do ato, assistia a expressão da minha esposa a cada nova estocada que de tão violentas faziam seu corpo se desequilibrar. Mas, não eram expressões de dor. Ela novamente estava com uma cara de quem fazia força. Sofia estava gozando enquanto era enrabada pelo meu irmão.

Essa hora eu não aguentei, e comecei a chorar. Não era tão silencioso quanto eu queria, mas os dois estavam tão envolvidos no que faziam que nem se eu pegasse uma panela e começasse a bater, eles me notariam naquele quarto.

O som do meu choro era abafado pelo barulho dos corpos se chocando repetidamente, a respiração pesada de Sofia, e por fim, os gritos de Tiago, anunciando que havia chegado ao ápice daquela relação. O meu irmão ter gozado sem camisinha no cu da minha noiva, era a cereja do bolo para a pior noite da minha vida.

“Ti, se fez muito barulho, puta que pariu, espero que seus pais não tenham ouvido.”

Os dois se distanciaram e começaram a se reorganizar. Aquele pesadelo tinha chegado ao fim, eu só precisava sair dali, e já tinha na minha cabeça todos os meus próximos passos. Eu iria cancelar o casamento e a minha lua de mel, sem nunca revelar para ninguém o motivo. Especialmente a Sofia. O dinheiro que eu gastei e os dez anos que eu tinha perdido com ela não eram recuperáveis, mas a vida seguia. Os dois continuaram rindo e conversando, distraídos, enquanto eu executava a minha fuga.

Eu sou uma pessoa pacífica. Odeio conflito e mesmo eles tendo me machucado de uma forma irreparável, eu só ia seguir a minha vida como se eles não existissem. Mas quando eu estava no corredor, eu ouvi as palavras: “e amanhã, que horas é a sua festa com o corno?”

Perdi completamente a consciência. Ao voltar a mim, percebi que havia acabado de desferir um soco em meu irmão. Ele, mesmo ainda pelado, reagiu imediatamente, iniciando um confronto físico entre nós. Sofia gritava, tentando em vão nos separar, enquanto o caos tomava conta do apartamento. E para piorar, Tiago é consideravelmente mais forte que eu, não tive a menor chance na luta que eu mesmo provocara. Pouco depois, meus pais e minha irmã, ainda de pijama, chegaram à cena, testemunhando eu ser dominado e golpeado por meu irmão.

 

CAPÍTULO 3


Dizer que minha vida desmoronou depois da traição da minha noiva com meu irmão, é um eufemismo. Eu acordei confuso no hospital depois de ser noucateado por Tiago, somente com minha irmã do meu lado da cama. Sofia até quis acompanhar a gente, mas minha irmã pediu para que ela esperasse eu estar recuperado para discutir nosso futuro.

Eu não tinha a menor intenção de falar de novo com minha ex-noiva, tudo já estava resolvido. Com a ajuda da minha irmã, eu cancelei o casamento e a lua de mel. Foi uma humilhação ligar para todos os convidados, e mentir que eu estava no hospital porque sofri um acidente. Como faltava apenas um dia para o casamento, a maior parte do dinheiro gasto foi para o lixo.

Sofia me bombardeou de mensagens no celular. Pediu desculpas, disse que foi apenas uma única vez e tudo aconteceu porque ela surtou com o estresse do casamento. Eu respondi somente uma mensagem dela, meses depois que a gente se separou. Minha ex-noiva me perguntou o que eu queria que fosse feito com as minha coisas que estavam no apartamento e eu respondi: “Queime.”

Não havia reparo no que ela e meu irmão haviam destruído. Mesmo tendo certeza disso, eu entrei em um estado de depressão profunda. Bebia toda noite, já que era impossível dormir. Quando fechava os olhos, lá estava Sofia, dando, chupando e sendo sodomizada pelo meu irmão. As imagens e os sons daquele dia não saiam um minuto da minha cabeça.

Meus pais estavam mais preocupados em encobrir o que aconteceu e proteger meu irmão do que me ajudar nesse momento difícil. Eles jogavam a culpa de todo acontecido na minha ex. "Meninos são assim mesmo," "Você que escolheu essa mulher, nunca gostei dela," "Tem que perdoar, família é tudo," foram algumas das coisas que ouvi antes de decidir cortá-los para sempre da minha vida.

Pouco a pouco, eu perdi tudo que eu tinha. Fui demitido, gastei todas as minhas economias e cheguei até a dormir na rua por alguns dias. Meus avós paternos que me resgataram, e imploraram para eu ir morar com eles no interior, dizendo que uma mudança de ares era tudo que eu precisava para voltar para o caminho certo.

Mas, a mudança não foi o suficiente. Eu chegava na casa deles completamente embriagado, sujo e muitas vezes vomitando. Meus avós me alimentavam, me davam banho e me colocavam na cama, como se eu fosse um bebê. Eu estava pronto para ser enterrado, já que não havia mais uma alma dentro do meu corpo.

Eles não desistiram de mim. Um dia meu avô até me chamou para ir para igreja. “Se Deus existe, ele me odeia vô”, foi a minha resposta. Mas, ele insistiu muito, disse que precisava ir de qualquer forma aquele dia e era urgente. Eu não tinha emprego e morava de favor na casa dele, se levasse meu avô a igreja, a única coisa que adiaria era meu encontro diário com a bebida. Então, a contragosto aceitei.

Ele ficou horas rezando. Eu esperava impacientemente, com minha mão tremendo graças a abstinência. “Caralho vô, que era tão urgente assim que você precisava vir aqui hoje e tá demorando horas?”, eu esbravejei quando minha paciência finalmente esgotou.

Meu avô me lançou um olhar de tristeza por falar um palavrão na casa do Senhor, que me fez arrepender imediatamente do que tinha dito. Mas, mesmo com sua decepção, ele com uma voz fraca me explicou o porquê estávamos ali.

“Sabe Má… Eu não tenho mais nada de tempo de vida. Eu precisei vir aqui hoje para rezar pelo seu irmão.” Meus olhos arregalaram de raiva naquele momento, mas ele continuou. “Eu vou estar do outro lado logo Mateus. Eu rezei pela alma do seu irmão, porque quando eu estiver lá, eu vou assombrar e arrastar para o inferno miserável.”

Se existia alguém que me amava e faria tudo para me ver feliz, era aquele homem. Mas, a saúde dele já estava muito frágil, em poucos meses, ele fez a passagem dele para o outro lado. No enterro dele, eu não aguentei de culpa. Chorei por horas sem parar. Quando já não tinha mais forças, eu ajoelhei na frente da minha avó e prometi: “Vó, você não vai precisar mais cuidar de mim. Eu que vou cuidar da senhora.”

Não foi fácil cumprir minha promessa. Meu corpo tremia sem parar nas primeiras semanas pela falta da bebida. E, mesmo depois de meses, nenhuma empresa queria contratar um ex-alcoólatra sem nenhuma experiência relevante. E ainda que eu arranjasse um emprego, não sei como eu faria, já que minha avó estava com a saúde muito frágil e era totalmente dependente de mim.

Sem me avisar, a velha pegou as poucas economias que tinha, comprou um carro e uma licença de táxi para mim. “Pronto, filho. Agora você pode trabalhar”, ela disse. Mas, eu não podia aceitar, quem cuidaria dela quando eu estivesse longe? Ficamos horas discutindo. Eu não deixaria ela sozinha depois de tudo que ela e meu avô fizeram por mim. Enquanto ela fosse viva, eu não sairia do lado dela. Vendo que era impossível me fazer ceder, ela propôs uma solução. Minha avó iria trabalhar junto comigo no táxi.

E assim, começou o “táxi da vovó”. A gente saía bem cedo e voltava quase às onze da noite quando o movimento parava. Eu não gostava daquilo, já que minha avó tinha que ficar sentada num carro o dia inteiro bem no final da vida dela, só porque eu era incapaz de arrumar um outro emprego. Mas, ela não parecia se importar. Mais do que isso, ela entretia até o mais carrancudo dos clientes com suas histórias, e em pouco tempo, ela tinha virado uma celebridade da nossa cidade. Os passageiros pulavam de alegria, tiravam fotos e até pediam autógrafos, quando descobriram que o carro que iria levá-los para seu destino era o “táxi da vovó”.

Inclusive, uma vez, a gente transportou um moço, que evitava conversar, com uma expressão severa e melancólica no rosto. Minha avó com suas histórias, foi derrubando uma a uma as defesas dele, até ele revelar que estava assim porque tinha descoberto a traição de sua namorada na noite anterior.

Minha avó disse que ele precisava rir, e por isso contou uma piada.

“Um rapaz chegou na sua casa e viu a sua mulher dando o cagador para outro. Ele, desesperado, saiu correndo de casa, e entrou numa sinagoga. Ele pediu socorro para o rabino, dizendo que sua mulher estava sendo sodomizada naquele exato momento. O rabino esperou que ele se acalmasse um pouco e começou a lhe contar uma história.

No ano de 1985, o rabino descobriu que a orquestra filarmônica de Berlim iria tocar no Teatro Municipal de São Paulo. Ele que é um amante de música clássica, ficou o ano inteiro economizando. Andou só de ônibus, comeu apenas uma vez a cada dia, e juntou cada centavo que podia.

Ele comprou ingressos na primeira fileira e passagem para São Paulo, alugou um smoking e foi na noite anterior ao concerto dormir num hotel próximo do teatro. Chegou o grande dia do espetáculo, ele chegou com horas de antecedência e se sentou. Mas quando faltavam alguns minutos para o espetáculo, sua barriga começou a roncar. Ele achou que fosse só um peidinho, mas quando fez força, cagou nas próprias calças.

O moço desesperado interrompeu a história do rabino perguntando o que ela tinha haver com o problema dele. O rabino pediu calma ao rapaz, que se ele esperasse um pouco, tudo ficaria claro.

No ano de 1995, o rabino, novamente, descobriu que a orquestra filarmônica de Berlim iria tocar no Teatro Municipal de São Paulo. Ele, novamente, ficou o ano inteiro economizando. Andou só de ônibus, comeu apenas uma vez a cada dia, e juntou cada centavo que podia..

Ele comprou ingressos na primeira fileira e passagem para São Paulo, alugou um smoking e foi na noite anterior ao concerto dormir num hotel próximo do teatro. Chegou o grande dia do espetáculo, ele chegou com horas de antecedência e se sentou. Mas quando faltavam alguns minutos para o espetáculo, sua barriga começou a roncar. Dessa vez, ele se desesperou, pegou um táxi de volta para o seu hotel, sentou no vaso, e… era só um punzinho.

O rapaz desesperado interrompeu novamente o rabino. O rabino estava louco? O que essa história tinha haver com a dele?

O rabino então, com toda a sua sabedoria, concluiu: se eu não consigo controlar o meu cuzinho, como vou controlar o da sua mulher?”

O moço no táxi que antes segurava as lágrimas, não aguentou. Começou a chorar, mas de alegria. Ele gargalhava maniacamente da piada da minha avó. Ela, contagiada pela reação, se juntou ao moço e também começou a rir sem parar. Eu via aquilo e não conseguia acreditar, a piada era péssima, não tinha porque eles estarem rindo tanto. Mas, eu precisei parar o carro no acostamento. E foram quase cinco minutos, nós três rindo no carro sem parar, como babuínos bêbados.

Nesse momento eu soube, que apesar de tudo, eu ficaria bem, pois dentro de mim corria o sangue imortal dos meus avós.

E minha volta por cima, começou no táxi que eu trabalhava com minha avó. Um dia uma passageira entrou no carro, super animada, dizendo que adorava minha avó e já tinha ouvido diversas histórias sobre as nossas viagens. A viagem seguiu com as duas conversando como se fossem grandes amigas. Minha avó gostou tanto da moça que começou a vender o peixe do seu neto para ela. Ela contou para a moça das minhas qualidades, e como a minha próxima namorada seria sortuda. A moça, que se chamava Beatriz, ria e dava trela para minha avó, achando o máximo que conseguiria o homem da vida dela no “táxi da vovó”.

Eu não estava pronto para voltar ao mercado de encontros. Na verdade, já tinha desistido totalmente da ideia de namorar alguém. Nunca daria chance de alguém me destruir novamente. Mas, minha avó estava resoluta. Ela conseguiu o número de telefone de Beatriz e ameaçou que se eu não ligasse, ela passaria o resto dos poucos dias de vida que tinha sem falar comigo.

Então, achei melhor marcar algo com a menina, e dizer para minha avó que não tinha dado certo. Era o caminho que tinha menos drama.

Liguei para marcar um encontro, e desde cedo, tentei sabotar qualquer chance de um romance acontecer. Beatriz sugeriu que a gente fosse num bar da região, mas eu confessei que era um alcoólatra em recuperação, na esperança que a informação a fizesse cancelar.

“Eu não me importo, a gente pode ir numa sorveteria então.”

Eu não poderia ter escolhido um lugar menor romântico para o encontro. Enquanto Beatriz tentava de alguma forma criar um clima, conversar e fazer eu sair da minha casca, famílias com crianças extremamente excitadas e berrando nos interrompiam.

O pior é que mesmo assim, eu estava colocando em risco o meu estoicismo. Era impossível resistir àquela mulher linda, com cabelos longos tingidos de ruivo, com seu olhar castanho me encarando e sorrindo para mim. Fora que ela era divertida e fazia aquele momento esdrúxulo parecer a coisa mais especial do universo. Eu precisava pensar rápido, mais alguns minutos ali, e eu estaria apaixonado para sempre por ela.

“Sabe Beatriz, eu não saio com ninguém, já faz uns cinco anos. Eu terminei com minha noiva um dia antes do nosso casamento, porque peguei ela na cama com meu irmão.”

Ufa. Isso resolveria meu problema. Ninguém aceitaria ficar com um pateta que nem eu.

“Mas… você ficou todo esse tempo então sem transar?”

Eu olhei para ela, confuso, tentando ter certeza se tinha entendido direito a pergunta. Beatriz me encarava com uma expressão sapeca, indicando que sim, eu a tinha escutado perfeitamente bem. Droga, eu não conseguiria resistir. Entrando na brincadeira, eu revirei os olhos fingindo que estava muito incomodado com a pergunta, e fiz com a cabeça que sim.

“Seria cruel da minha parte deixar essa injustiça assim.”

Puft. Com apenas essas palavras ela fez com o tesão que eu reprimi por anos, viesse à tona de forma caótica dentro de mim. Os pelos do meu braço arrepiaram e meu coração batia como se eu tivesse competido os 100 metros rasos com o Usain Bolt. Ela levantou e colocou um dedo no lábio, indicando que era para eu não falar nada, e apontou em direção ao banheiro. Eu devia esperar um pouco, depois segui-lá para cometer atos pecaminosos naquela sorveteria.

O erro de Beatriz foi achar que eu tinha algum controle naquele momento. Eu a segui quase que instantaneamente, e com certeza as moças do caixa perceberam o que estava acontecendo. Eu não me importava. Quando cheguei no banheiro, eu dei uma última olhada no que ela vestia, porque para mim seria a última vez que eu ia ver ela de roupa aquela noite.

Eu arranquei sua blusa com tanta força que estourei um botão. Ela riu, enquanto eu ficava deslumbrado com os peitos monumentais que pulavam na minha frente. Meu plano era terminar de despi-la, e comer ela até eu não aguentar mais. Mas, quando eu me abaixei para tirar a calcinha e a saia dela, meu rosto ficou muito próximo das coxas roliças e musculosas dela, eu não aguentei, precisei saber qual era o gosto daquela buceta.

Beatriz estava mais se divertindo com a minha insanidade do que possuída pelo tesão. Mas, em nenhum momento ela pediu para eu parar. Enquanto eu loucamente provavá o sexo dela, as mãos delas corriam pelos meus cabelos e ela me incentivava a continuar.

“Isso. Lambe com gosto. Vai que eu vou gozar”

Com ela sentada na privada de uma sorveteria, com as pernas dela penduradas no meu ombro, foi a primeira vez que eu fiz a verdadeira mulher da minha vida gozar. Sentindo que minha missão estava cumprida, eu comecei me organizar para sair dali.

“Aonde você pensa que você vai?”

Beatriz ficou de costas para mim, colocou a mão na parede e empinou a bunda. Ela tinha toda a razão, eu não iria a lugar algum. Segurei-a com tanta força que eu achei que fosse amassar a cintura dela.

“Isso, mete na sua putinha, enfia tudo até o fundo, vai.”

Ela não precisou falar duas vezes as suas instruções. E meter naquela ruivinha era incrível. Como se nossos corpos não tivessem nenhuma fricção. Eu ia e voltava, tendo meu sexo massageado por ela a cada ciclo, sem sentir nenhum atrito, como se o encaixe dela fosse feito sob medida para mim.

Estávamos num ritmo alucinado. Beatriz pulava a cada nova estocada minha. Eu fui tomado por um desejo primordial quando vi aquela bundinha, perfeita e redondinha se mexendo na minha frente. Sem eu perceber, minha mão descia e golpeava aquela escultura, o que me fez morrer de vergonha, primeiro por não ter pedido permissão, depois pelo barulho que fez, fazendo a gente correr o risco de ser flagrado.

“Meu Deus, que gostoso! Bate mais nessa vagabunda.”

Não tinha mais nenhuma chance da gente não ser flagrado. Beatriz berrava tanto que todos os sorveteiros do estado já deveriam saber o que a gente estava fazendo. Com a permissão dela, eu espanquei aquela traseira perfeita o mais forte e máximo de vezes que pude. Ritmado com as minhas batidas, a atendente do caixa da sorveteria batia na porta exigindo que a gente saísse dali imediatamente.

“CALMA MOÇA! A gente tá quase gozando!”

Eu comecei a rir descontroladamente da resposta de Beatriz, feliz da vida que aquele momento perfeito não seria interrompido só porque seríamos presos por atentado ao pudor quando saíssemos dali. Embora eu quisesse muito, era impossível ficar muito mais tempo naquele banheiro. O corpo de Beatriz exigia um tributo, e aos berros gozei dentro dela. Não sei se por compaixão ou por tesão, ela se juntou a mim, chegando simultaneamente ao clímax, como almas gêmeas em um banheiro de sorveteria.

 

CAPÍTULO 4


As coisas com Beatriz caminhavam na velocidade da luz. Em dois meses, ela já estava morando comigo, me ajudando e muito com os cuidados da minha avó. E ter uma ótima relação com a minha avó não era nem a melhor qualidade de Beatriz. Eu a apelidei carinhosamente de coelhinha, pelo apetite insaciável que ela tinha. Ela sempre estava disposta, podia ser manhã tarde ou noite. Algumas vezes ela inclusive me acordou dizendo que precisava da minha ajuda. Quando ela queria, ela simplesmente montava em cima de mim, e me usava, sem as vezes nem dar tempo de saber em qual planeta eu estava.

Apesar de o sexo ser maravilhoso, às vezes era difícil acompanhar o ritmo dela. Beatriz tirava sarro de mim, falando que eu era um velho. Eu respondia que mesmo se a gente fosse parte de um “decisal”, as outras oito pessoas da nossa relação desistiriam por não dar conta do fogo da minha coelhinha.
A relação com Beatriz foi a chave para abrir um universo inteiro que eu nunca tinha explorado. Ela sempre propunha coisas novas, fossem posições, brinquedos, fantasias, lugares. Não havia limitações para aquela mulher.

Uma dessas loucurinhas que fizemos, inclusive, foi um dos dias mais especiais da minha vida. Nesse dia, eu acordei com uma sensação estranha, como se alguém fizesse cócegas em mim. Aos poucos, eu abri os olhos, decifrando o panorama geral da situação. Beatriz não estava do meu lado da cama, como eu a tinha deixado na hora que fomos dormir, mas sim, dentro dos lençóis.

Mesmo bêbado de sono, senti a movimentação da cabeça dela próxima a minha cintura. As “cócegas” continuaram, mas agora estava mais claro que Beatriz me tocava com algo molhado. Juntei as peças do quebra-cabeça até chegar a conclusão final: aquela deusa tinha me acordado com um oral. E era a melhor coisa do mundo. Beatriz realizava o ato com tanta vontade, sem frescuras, energia e foco. Não era um simples boquete, você se sentia o centro das atenções e dos desejos. Eu passei a mão na nuca dela, convidando-a para mais próxima do meu corpo. Mas quando Beatriz percebeu que eu finalmente havia acordado, ela parou imediatamente o que estava fazendo.

“Bom dia, sua preguiça. Não quero gastar a sua energia de hoje, mais tarde eu tenho uma surpresa.”

Eu implorei para ela não fazer isso, que eu não conseguiria me concentrar pelo resto do dia se ela me deixasse excitado daquele jeito.

Não fui bem sucedido. Ela prometeu que quando chegasse de noite, ela me compensaria e eu agradeceria a ela por ter me feito esperar.

O dia pareceu se estender pela eternidade. Ansioso para saber qual era a surpresa, eu quase enlouquecia, vendo o relógio se mover a passos de tartaruga. Eu fiz tudo que podia para distrair a minha mente, limpei a casa, lavei todas as roupas, preparei marmitas para a semana inteira, e mesmo de terminar todas as tarefas que eu conseguir imaginar, faltavam horas ainda para eu ter a chance de descobrir o que Beatriz planejava.

Finalmente, a noite chegou. Eu sem querer cobrar Beatriz ou revelar que estava ansioso, ficava apenas observando-a, esperando alguma explicação dela. Ela parecia se divertir com a minha curiosidade, demorou tanto que eu tinha quase certeza que ela tinha esquecido a promessa que ela fez de manhã. Sem cerimônias, ela me deu um beijo de boa noite, foi tomar banho e disse que depois iria dormir.

Eu mantive a esperança de que ela estivesse me pregando uma peça. Era bem a cara de Beatriz fingir que havia esquecido da promessa para me surpreender depois. E eu tinha razão. Quando ela voltou do banho, toda maquiada, eu surtei ao ver o que ela estava vestindo.

Só para dar um pouco de contexto, como já mencionei em capítulos anteriores, eu sou bem nerd e, como muitos desse público, sou um grande fã da saga "Star Wars". Tentei fazer Beatriz assistir aos filmes e, embora ela tenha se esforçado por mim, nunca chegou a gostar realmente deles. Mas naquela noite, pronta para a diversão, ela vestia a fantasia mais icônica de todas. Com um biquíni metalizado e uma coleira com uma guia de metal no pescoço, minha coelhinha havia se transformado na Princesa Leia escravizada.

Ela veio em minha direção, andando devagar e exagerando no rebolado ao mesmo tempo que rodava a corrente presa à coleira. Num pulo, levantei da cama, agarrei-a com toda a força e nos beijamos intensamente. O quarto foi tomado pelo seu perfume, um cheiro doce como biscoitos recém-assados.

“O que a princesinha precisa para conquistar sua liberdade?”

Seus dedos brincavam com a corrente, e aquela mulher poderosa diante de mim me encarava com o olhar sedutor de uma pantera, sussurrando suas falas com uma voz manhosa. Eu apenas a olhei e passei minha mão pelo seu peito, fazendo um leve carinho. Beatriz sabia exatamente o que eu queria.

Eu sentei no puff que tínhamos no nosso quarto, e ela se ajoelhou entre as minhas pernas. Com as mãos ela manipulava o meu sexo, sem em nenhum momento tirar os olhos do meu olho, querendo aproveitar cada reação que eu tinha naquele momento. Ela manipulou então meu membro, colocando-o no meio dos seus seios, grudando-o na posição graças ao biquini que ela vestia. Agora com suas mãos libertas, ela se agarrava na minha perna, subindo e descendo com o corpo, enchendo me de êxtase, com a sua espanhola.

Tinha algo na carinha de safada que ela me olhava e o jeito que seus peitos macios envolviam meu membro, que tornaram o ato irresistível. Como uma enfermeira, Beatriz ia monitorando minha respiração, os espasmos involuntários do meu corpo e os gemidos que escapavam. Quando ela achou que era a hora certa, Beatriz colocou a língua o máximo para fora que conseguiu da sua boca, e sensualmente, deslizou-a sob toda a extensão do meu pênis, parando para dedicar uma atenção especial a base dele e minhas bolas.

Eu lutava para me manter consciente, estava tão gostoso que eu temia que algum dia eu perdesse a mulher que conseguia me levar às nuvens daquele jeito. Não sei como, parecia que ela lia minha mente com aquele olhar. Quando eu estava me sentindo mais vulnerável, Beatriz me entregou a corrente atrelada a coleira em seu pescoço, deixando claro que não ia lugar algum. Eu estava autorizado a aproveitar o momento sem medos ou restrições.

Beatriz não precisou me convidar duas vezes. Controlando-a através da corrente, retomamos o ato que ela interrompeu pela manhã. Eu garantia que ela estivesse o mais próximo possível de mim, fazendo-a engolir o meu membro por completo. Eu me preocupava até como ela poderia respirar em tal situação, mas Beatriz não demonstrava nenhum sofrimento. Quando estávamos no ponto máximo do ciclo, ela deixava sua língua tocar levemente nas minhas bolas, me fazendo perder o pouco de compostura que ainda restava.

Era demais para mim. Sem nenhum aviso, senti meu corpo inteiro convulsionar, assustando a minha princesa com a violência e a súbita erupção. Mas, depois do choque inicial, Beatriz não recuou. Segurando nas minhas pernas, ela aproximou o máximo que podia, evitando que qualquer gota do meu gozo fosse para outro lugar além da boca dela.

“Que pressa é essa, Mateus?”, Beatriz disse rindo depois de limpar seu queixo com o dorso da mão.

“Nem se eu fosse um mestre do autocontrole tibetano, conseguiria resistir, Bia. Mas, eu prometo que vou te recompensar.”

Beatriz jogou seu corpo em cima do meu, sem me responder se aceitava minha oferta ou não. Eu deitei na cama, e ela montou em cima de mim, apenas conversando. Nessa posição, em diversos momentos, eu sentia Beatriz rebolar de leve o seu quadril, me provocando, só esperando a hora certa para conseguir o que queria.

Se eu morresse de exaustão naquela noite, teria sido uma vida bem vivida no final. Mas, depois de um merecido repouso, eu estava completamente vivo e pronto para me encontrar com meu destino. Beatriz, percebendo a minha rigidez, lançou um olhar sapeca em minha direção com um grande sorriso em seu rosto.

Afastando a calcinha de lado, ela ficou de cócoras com as duas mãos apoiadas em mim. Muito devagar ela descia, e eu sentia cada centímetro do meu sexo sendo consumido pelo dela, até, algum momento ela se sentar na minha cintura. Era a hora de começar.

O apelido dela de coelhinha não era atoa. Quando estava por cima da cama, a fúria com que aquela mulher cavalgava era assustador. Ela pulava e quicava de forma tão intensa que, por vezes, seu suor gotejava em mim. Beatriz usava o meu corpo como um equipamento de uma aula de aeróbica.

“Aí seu pau é tão gostoso…”, ela disse ofegante, aproveitando uma pequena pausa para recuperar o fôlego. Era minha chance de contra-atacar. Os elogios daquela mulher e o olhar que ela me lançava enquanto tentava desacelerar o coração eram os melhores afrodisíacos do mundo. Com uma mão segurei firme na corrente, enquanto a outra tocava de leve na cintura de Beatriz, com o quadril, obriguei-a terminar a pausa dela e continuar pulando no meu pau.

Eu tive sucesso, enquanto eu continuava a mover meu quadril, os olhos dela se reviraram como uma adolescente aborrecida. Aquele era o jeito maravilhoso dela de comunicar para o mundo que havia chegado ao clímax.

“Que pressa é essa, Beatriz?” disse deixando claro que a minha vingança estava completa.

Ela riu tanto que quase caiu decima de mim. Ela me lançou um olhar de determinação que me fez imediatamente me arrepender do meu comentário. Sabia que ela acabaria comigo agora que eu a tinha provocado. Ainda montada em cima de mim, Ela virou de costas, e continuou a cavalgar, com ainda mais intensidade do que antes.

A pressão daquela posição era incrível. O cabelo de Beatriz balançava, gotas de suor escorriam pelas suas costas, seu bumbum subia e descia. Eu estava agradecido por ter uma visão tão privilegiada naquela hora.
Meu corpo era tomado por ondas de calor e arrepios, tudo se misturando e criando um momento indescritível. Como se a realidade agora estivesse em camerâ lenta, senti Beatriz deslizar, tomando por inteiro meu sexo para si, e como um barril de polvora, eu explodi.

A gente se abraçou, se beijou de forma suave e com ela deitada no meu peito, e mesmo que já fosse quase de manhã, ao invés de dormir, nós continuamos a nossa conversa. Desde que eu me separei de Sofia, eu vivia a vida sendo jogado para um lado e para o outro, sem ter muita certeza do que eu queria. Naquele momento, eu não tinha nenhuma dúvida, levantei da cama, me ajoelhei na frente dela e mesmo pelado, pedi o amor da minha vida em casamento.

 

CAPÍTULO 5


Beatriz não hesitou. Saltou em meu colo, cobriu-me de beijos e disse sim. A única parte lamentável é que nunca poderemos mostrar aos nossos filhos fotos do meu pedido, já que a mãe deles estava vestida de princesa escravizada e eu, nu.

Pela segunda vez, planejei uma festa de casamento. No entanto, foi uma experiência totalmente diferente. Beatriz assumiu o controle da organização e, ao contrário de Sofia, estava radiante, com os olhos brilhando e saltitando pela casa, feliz por passar o resto da vida comigo.

A festa seria mais para os amigos e familiares dela, já que as únicas pessoas que tinham restado na minha vida eram minha avó e minha irmã. Ainda assim, eu estava animado, era impossível não ser contagiado pela felicidade de Beatriz.

Faltando duas semanas para o casamento, Beatriz postou uma foto nossa nas redes sociais, se declarando para mim e dizendo como estava pronta para a nova etapa de sua vida.

Eu, sempre fui uma pessoa extremamente reservada nas redes, tanto é, que minha última postagem havia sido há mais de dez anos. Inclusive, eu uso tão pouco tecnologia e estava tão afastado do mundo, que as únicas mensagens que eu recebo são de empresas tentando vender coisas.

A mensagem trouxe uma surpresa inesperada. Quase caí da cadeira quando vi a notificação no meu celular. "Oi...", dizia a mensagem. O texto em si não era nada de especial e não revelava a intenção do remetente. Mas o verdadeiro susto foi perceber que, poucos dias antes do meu casamento, Sofia, minha ex-noiva que dormiu com meu irmão caçula, voltava das trevas para me assombrar.

É difícil explicar por que aquela mensagem me afetava tanto. Talvez apenas quem tenha passado por um grande trauma na vida conseguiria entender. Uma parte de mim sentia muita raiva. Se ela tivesse um mínimo de respeito por mim, teria me deixado em paz, especialmente tão perto do meu casamento.

Outra parte de mim contemplava como minha vida poderia ter sido se a traição nunca tivesse acontecido. Eu fantasiava uma vida com Sofia, onde teríamos dois filhos, uma casa, e eu estaria trabalhando para uma grande empresa. Essa poderia ter sido minha vida se eu não tivesse perdido tanto tempo bebendo e machucando as pessoas ao meu redor.

Ainda havia uma parte de mim que sentia saudades de Sofia. Apesar da traição, nosso relacionamento teve momentos maravilhosos, e ela me fez sentir coisas que nenhuma outra mulher no mundo fará eu sentir. A separação partiu de mim, porque eu sabia que nunca perdoaria o que ela fez, mas isso não significa que eu tenha conseguido apagar todo o amor que senti por ela em algum momento da minha vida.

Eu provavelmente deveria ter apenas bloqueado ela e seguido com a minha vida. Mas, eu estava curioso. O que ela queria depois de tanto tempo? Eu visualizei, mas não consegui responder a mensagem. Sofia depois de ser deixada no vácuo por algumas horas, achou melhor ser mais direta e revelar o motivo do contato.

“Má… eu estou com muita saudades de você. Eu fico pensando o tempo todo o que seria nossas vidas juntos. Eu sei que agora você está com casamento marcado, mas, eu nunca me perdoaria se eu perdesse você sem nem ao menos tentar. Podemos se encontrar para conversar?”

Eu li e reli a mensagem. Embora eu entendesse as palavras, não conseguia responder. Minha aflição era tão intensa que, depois de anos sem tomar uma gota de álcool, a vontade ressurgiu com força total.

Não pude deixar de notar a ironia do momento: eu, que havia sido traído um dia antes do meu casamento, recebia uma mensagem da traidora para se encontrar, a apenas uma semana do meu casamento, e o pior de tudo, eu não sabia o que fazer. Decidi não responder e ir dormir, adiando o máximo possível a resolução do conflito interno que se instalara dentro de mim.

“Oi… acho que a gente tem bastante a conversar depois de todo esse tempo.”

Sei que muitas pessoas vão me julgar pela minha decisão. Mas, seria muito difícil para mim continuar minha vida simplesmente sem pelo menos ouvir o que Sofia tinha a dizer. Por isso, a gente combinou de se encontrar em um quarto de hotel chumbrega da minha cidade. Seria o local ideal para ter privacidade e garantir que nenhuma pessoa da cidade me veria a poucos dias do casamento conversando com minha ex.

Chegou o dia, e confesso que quase desisti quando cheguei na porta do quarto do hotel. Minha mão tremia enquanto tocava na maçaneta, talvez devesse apenas dar a volta e ir embora. Mas, precisava que aquele capítulo da minha vida finalmente tivesse um fim.

Logo ao entrar, Sofia pulou no meu colo, envolvendo os braços ao redor do meu pescoço e, com um movimento ágil, entrelaçou as pernas nas minhas costas, sem me dar tempo nenhum de lembrar que não éramos mais um casal.

Ela me abraçava e dando repetidos beijos na minha bochecha, eufórica por eu ter aceito o convite dela. Quando finalmente se acalmou, Sofia me puxou pela mão para adentrar ao quarto, servindo uma taça de vinho. Nós dois sentamos na única superfície que tinha ali, a cama, e conversamos sobre como foram os anos após a separação.

Se aquilo fosse uma competição sobre quem sofreu mais após o término, eu estava definitivamente ganhando. Sofia se casou com outro menos de um ano depois do fim da nossa relação e teve duas filhas. No entanto, o casamento dela não deu certo. Chegou um momento em que tanto ela quanto o marido estavam se traindo, mantendo uma relação de fachada para manter a família unida.

Quando chegou a minha vez de compartilhar, omiti a maior parte das informações. Apenas contei que vim morar com meus avós e um pouco sobre meu trabalho. Não mencionei minha luta contra a depressão, o abuso do álcool e todas as consequências desastrosas que as decisões dela trouxeram para mim.

Sofia então compartilhou que sempre ficou com uma pulguinha atrás da orelha dela, se perguntando como seria a vida dela se tivesse seguido comigo.

“Quando eu vi que você iria se casar, não pude continuar vivendo apenas com o sonho que eu tinha na cabeça da nossa vida juntos. Precisava agir antes que fosse tarde demais.”

Enquanto dizia essas palavras, seu corpo se aproximou do meu, diminuindo ao máximo a distância entre nós. Ela segurou meu rosto, olhando diretamente nos meus olhos, antes de nossas bocas se encontrarem em um beijo. O beijo foi breve, pois interrompi para despir violentamente cada peça das roupas de Sofia.

Ela totalmente nua, quis retornar de onde parámos, mas com a mão eu a impedi e ordenei: “Ajoelha para mim”. Sofia, não pareceu gostar da sugestão, provavelmente esperando que eu fosse mais passivo, como o menino que ela conheceu a anos atrás.

Eu continuei impassível, fingindo não ter percebido a estranheza dela. Aquilo se tornou um jogo de quem cederia primeiro, e tentando reconquistar o homem que perdeu, o corpo dela desceu, se ajoelhando na minha frente.

A ironia do momento não escapou da minha percepção. Eu tinha ajoelhado para ela anos atrás, pedindo que ela fosse minha para sempre, e anos depois, era ela que estava nessa posição tentando me convencer a aceitá-la de volta. Mas, as coisas não seriam exatamente iguais a aquele dia, porque eu fiz um rabo de cavalo nela, puxei a sua cabeça para mais perto de mim, obrigando-a me chupar.

E não tenho como negar, ela sabia fazer um boquete como ninguém. Ajudava bastante o fato do controle estar totalmente na minha mão. Eu fazia ela ir cada vez mais rápido e mais fundo, até que uma mão de Sofia agarrou a minha coxa, indicando que precisava de uma pausa e que eu exigia demais dela. Novamente me fingindo de desentendido, eu continuei.

Durante toda nossa relação, eu fui o príncipe encantado, aquela noite seria sobre os meus desejos. Eu me lembrava bem como ela havia sido tratada pelo meu irmão. As máscaras haviam caído, aquela atuação de mulher indefesa não funcionaria comigo. Eu sabia exatamente quais eram as fantasias reais daquela mulher.

Chegava até ser um pouco cômico assistir a cabeça dela se movendo para frente e para trás, sem nenhum controle. A sensação de controle e do meu membro chegando no limite do que ela conseguia aguentar, quase me faziam perdoar o que ela tinha feito anos atrás comigo.

“Nossa, amor, que loucura. Assim você vai acabar comigo”, Sofia disse fixando seus olhos no meu, enquanto tentava recobrar o ar, ainda com meu sexo colado no seu rosto. Confesso que se eu fosse mais novo, e não conhecesse os truques dela, eu poderia ter facilmente confundido aquela sedução com amor verdadeiro.

Eu já estava preparado para conseguir mais naquela noite. Pedi para que ela ficasse de costas para mim, e Sofia apoiou os braços na cama obedecendo. Fiquei alguns segundos contemplando ela naquela posição. O tempo havia passado tanto para mim quanto para Sofia, mas aquele traseiro parecia imune aos efeitos dos anos. Estava perfeito como na primeira vez que vi, como uma estátua de mármore.

Um homem com menos determinação que eu, ficaria totalmente perdido naquele quarto, mas eu já sabia cada passo que daria dali até o fim da noite. Com uma mão afastei as nádegas dela, enquanto a outra segurava a base do meu sexo, guiando em direção ao seu objetivo final.

“Aí Má… se quer mesmo no bumbum?”

“Sim. Eu quero, exatamente como meu irmão fez com você”, foi o pensamento que ficou na minha cabeça, embora eu lutasse para não dizer em voz alta. Ignorando os protestos dela, eu continuei, até não sobrar um centímetro do meu pênis fora daquela bunda.

A sensação era indescritível, como se toda a extensão do meu sexo fosse massageado, naquela batalha entre o corpo dela querendo se fechar e o meu forçando para que se abrisse.

E, apesar do seu protesto inicial, Sofia dava sinais óbvios de que estava em êxtase. Cada movimento meu era acompanhado de um gemido dela, até que certa hora que percebi as mãos dela agarrando o lençol e seus músculos se contraindo. Sofia gozava durante a sua sodomização.

Na minha cabeça, presente e passado se misturavam. Eu não sabia que dia era, com quem eu me casaria naquela semana, se eu era Mateus ou se era Tiago. Eu sentia que aquele momento era minha forma de conseguir justiça pelo que foi tirado de mim. Nada poderia mudar o que aconteceu, mas isso não me impediu de jorrar leite dentro do anûs da minha ex.

Exausta, Sofia deixou de fazer forças no seu braço, tombando na cama. Eu ofegante, lutando para voltar a realidade, sistematicamente fui coloquei minha roupa. Olhando no relógio, vi que faltava pouco para as onze da noite, a hora que eu tinha combinado de começar a minha vingança.

Toc, toc, toc.

Sofia saltou da cama com uma expressão de profunda incerteza. Eu andei em direção a porta, enquanto ela protestava que eu não poderia abrir a porta, já que ela se encontrava nua. Ignorei completamente, sabendo quem esperava do outro lado.

“Como foi amor sua despedida das piranhas?”, Beatriz disse. Minha noiva me comprimentou com um selinho antes de adentrar o quarto. Eu só me arrependo de não ter uma câmera para gravar a expressão de terror na cara de Sofia ao presenciar aquela cena. Eu só respondi: “Ah Bia, não foi tão bom quanto você, mas deu pro gasto.”

Sofia estava paralisada, seus olhos bem abertos como se na sua frente houvesse um ser sobrenatural. Beatriz se divertindo com a situação, estendeu a mão para cumprimentar a minha ex, que assustada e perplexa retribuiu.

“Sabe, eu tinha pensado em contratar uma puta para fazer uma folia na despedida de solteira do Má, mas eu fiquei bem feliz em saber que você trabalharia de graça para nós hoje.”

Beatriz riu como um vilão de desenho animado com o próprio comentário. Eu confesso que fiquei um pouco perturbado naquele momento em ver a minha esposa gostar tanto da vingança que ela tinha planejado.

Explicando melhor o que aconteceu. Na noite anterior, eu havia confessado para Beatriz que receberá uma mensagem da minha ex, e que aquilo estava me perturbando. A minha coelhinha, sempre bem humorada e alegre, tinha se transformado em uma leoa furiosa com a informação. “Como essa mulher se atreve? Depois de tudo ela acha que tem o direito de violar a santidade do nosso lar?“, Beatriz berrava ensandecida.

Minha noiva achava que eu fui bonzinho demais. Nunca que meu irmão e Sofia poderiam ter vivido suas vidas sem pagarem pelo o crime que cometeram. Para Beatriz, isso não podia ficar assim. Aquela mensagem era a oportunidade perfeita para eu finalmente ter justiça. Por sugestão da minha noiva, eu aceitei o convite para conversar. Disse para eu aproveitar ao máximo minha despedida, porque no final, Sofia colheria o que plantou.

Beatriz virou um tapa na cara de Sofia, que finalmente fez ela despertar do transe. Eu segurei a minha noiva, porque, embora os ânimos estivessem bem acirrados, a violência nunca é a resposta. Sofia, percebendo que caíra numa armadilha, esbaforidamente colocava suas roupas, preparando-se para fugir.

O que ela não esperava é que, fora do quarto, os padrinhos e madrinhas do casamento a aguardavam com confetes, balões e uma faixa de “miss prostituta” que arremessaram na cabeça dela. Os amigos da minha noiva aplaudiam, gritavam e xingavam minha ex, que tentava sair dali com lágrimas escorrendo no seus olhos. O pandemônio que se instaurou atraiu os outros hóspedes do hotel que curiosos filmavam tudo que acontecia.

Por um segundo fiquei até com dó de Sofia. Mas as lembranças dela com meu irmão, rapidamente apagaram esse sentimento. Ela nunca deveria ter voltado e tentado interferir com minha felicidade.

Depois que minha ex conseguiu fugir da sua justa humilhação, nós continuamos noite adentro, fomos beber, dançar e celebrar. Faltavam poucos dias para o meu casamento, e eu estava certo que nada poderia dar errado já que estava com o amor da minha vida ao meu lado.