Perdi todo meu dinheiro no Tigrinho, e agora sou corno
Capítulo 1
Oi, pessoal, não sei muito bem por onde começar. Nunca imaginei que chegaria a esse ponto, mas a situação está complicada de verdade e eu simplesmente não tenho com quem conversar. Se alguém descobrir o tamanho da merda que fiz, estou completamente fodido.
Me chamo Paulo e sempre levei uma vida, digamos... certinha. Daquelas que, olhando de fora, parece que tudo é perfeito. Eu devo muito disso à forma como fui criado pelos meus pais. Não sou fã de estereótipos, porque eles colocam a gente em caixinhas e são injustos muitas vezes. Mas, no meu caso, ele se encaixava perfeitamente.
Meus pais são descendentes de coreanos, e sempre seguiram uma linha bem tradicional. Para ser feliz na vida, você precisa: tirar boas notas, fazer uma faculdade prestigiada, construir uma carreira sólida, casar e ter filhos. A pressão para ser bem-sucedido sempre esteve presente, desde o meu primeiro passo.
Até completar 30 anos, a estratégia deles tinha dado certo. Eu era engenheiro, trabalhava numa grande empresa com um cargo excelente considerando a minha idade. Dinheiro não era problema, eu me sustentava e tinha até uma certa folga no final do mês.
E não era só a minha vida profissional que estava em ordem. Minha esposa, Maya, tinha acabado de dar à luz a nossa primeira filha. Nina, uma bebê linda e saudável, o reflexo do amor que a gente tinha construído tantos anos juntos.
Sempre fui uma pessoa cética, especialmente quando o assunto era amor. Acreditava que as pessoas se apaixonavam por uma mistura de biologia e conveniência. Bastava um leve impulso hormonal, somado à pressão social e uma pitada de economia, e voilà: tínhamos a receita da maioria dos relacionamentos.
Meu casamento me fez questionar essa visão pragmática do mundo, todos os dias. Eu sou louco pela minha esposa. Eu fico todos os dias ansioso esperando ela acordar para a gente começar o nosso dia. Nunca faltou companheirismo, paixão e nem carinho na nossa relação.
A gente se conheceu ainda criança, já que nossas famílias, ambas coreanas, frequentavam a mesma igreja. Ela é cinco anos mais nova que eu e, desde a adolescência, tinha uma quedinha por mim. Mas, até pela diferença de idade, eu não prestava atenção nela.
Foi quando eu tinha 25 anos que a gente finalmente virou um casal. Eu havia terminado um relacionamento longo e fiquei na fossa. Maya, sempre atenta às minhas redes sociais, não perdeu tempo. Assim que minha ex sumiu do meu perfil, ela começou a puxar assunto, mandando memes e fotos dela.
Eu não sou bobo, sabia exatamente quais eram as intenções dela. Ainda assim, demorei para chamá-la para sair. Estava abalado com o fim do meu namoro e não via Maya como uma opção séria para mim.
Minha mãe sempre me disse que os opostos não se atraem, eles se destroem. Eu e Maya éramos muito diferentes. Nossos amigos até brincavam que a música "Eduardo e Mônica" foi escrita para nós. Ela era muito mais leve, brincalhona e extrovertida que eu. Nunca acreditei que algo entre a gente pudesse durar por causa dessas diferenças — e também por conta dos boatos que corriam sobre ela.
A comunidade da nossa igreja é bem fechada, todo mundo sabe da vida de todo mundo. É como viver em uma cidade pequena. E na nosso meio, Maya carregava uma reputação meio que... questionável. Diziam que ela era "rodada."
Ela havia ficado com alguns caras da igreja quando era mais nova, e o boato que existia era que ela levava os meninos para o banheiro da sacristia para dar uns amassos. Só que, ela não beijava só a boca deles.
Até hoje eu não sei o quão verdadeiras eram essas histórias. Ela nunca tocou no assunto e eu também nunca tive coragem de perguntar.
Apesar de tudo, contra todas as expectativas, eu a chamei para sair. E essa foi, sem sombra de dúvida, a melhor decisão que tomei em toda a minha vida. Logo no primeiro encontro, percebi que, embora fôssemos diferentes, a leveza dela era exatamente o que eu precisava. Maya é uma pessoa divertida, o tempo voava quando eu estava junto dela.
O fato dela não ter sido uma "santinha”, apesar de não ser legal, também tinha suas vantagens. Eu sempre precisei me manter em forma, para acompanhar o fogo dela. Em cinco anos de relacionamento, o máximo que ficamos sem transar foram três dias. Maya sempre fez questão de manter nossa vida sexual ativa e longe da monotonia.
Ela é, sem exagero, a mulher da minha vida. Não consigo me imaginar sem ela, nem tenho o menor interesse em mais ninguém. É exatamente isso que me corrói agora. Como pude ser tão idiota? Como pude colocar tudo o que eu tinha em risco, sem pensar por um segundo nas consequências que minhas escolhas trariam para Maya e para nossa filha?
Eu tenho uma doença que destruiu a minha vida: vício em apostas.
Quando eu tinha 20 e poucos anos, fui com alguns amigos para Las Vegas. Foi uma das experiências mais estranhas da minha vida. Aquela cidade parecia outro planeta.
Mas, como dizem, "quando em Roma, faça como os romanos." Bastou um pouco de pressão dos meus amigos e logo me vi sentado numa mesa de "Blackjack". Depois de poucas mãos, eu já estava completamente vidrado no jogo. A matemática envolvida, a tensão antes da próxima carta e a adrenalina de ganhar, tudo aquilo era demais para mim.
Perdi a noção do tempo. Os cassinos não têm janelas ou relógios, exatamente para você esquecer da realidade e ficar lá sem saber se é dia ou noite. Fiquei tanto tempo lá, que meus amigos cansaram e me deixaram jogando sozinho.
Eu só os encontrei no dia seguinte, depois que perdi todo dinheiro que eu tinha levado para a viagem. Eu não conseguia acreditar em quão irresponsável tinha sido.
Tem estudos que comprovam que algumas pessoas são geneticamente propensas ao vício, e foi assim que descobri que era uma delas. Eu compreendi o poder destrutivo que as apostas poderiam ter na minha vida, e achei que aquela viagem havia sido importante para me ensinar uma lição.
Meu erro foi não ficar afastado do jogo pelo resto da minha vida. Foi através das redes sociais que o vício bateu à minha porta novamente. Comecei a seguir um influenciador que se autointitulava o "rei das apostas." Ele recomendava em quais times de futebol apostar e fazia lives jogando, mostrando seus ganhos em tempo real.
O "rei das apostas" estava sempre viajando pelo mundo, comprando itens de luxo e conhecendo celebridades. Eu me sentia meio idiota, batendo o ponto todo dia, enquanto havia pessoas que pareciam que nasceram com o bumbum virado para a lua, vivendo a vida no modo fácil.
Foi assim que eu me aventurei nas "bets". No começo, eu seguia as dicas do “rei das apostas” para apostar em futebol. Mas, depois de alguns meses, os ganhos não eram o que eu esperava. Apesar de toda a “expertise” desse influenciador, as recomendações dele ganhavam uma vez, depois perdiam na outra, e no fim das contas, o saldo ficava ali no zero a zero.
Cada vez que eu entrava no site de apostas, uma pop-up com o jogo do tigrinho aparecia. Eu já tinha visto influenciadores ganhando uma grana com isso em lives, e mesmo sabendo que era uma armadilha para otários, meu dedo coçava para jogar. Hipnotizado com aquele caça-níquel virtual rodando na minha tela, eu sonhava o que aconteceria se eu ganhasse o jackpot.
“Afinal, todo mundo joga na Mega-Sena, não é?”, era assim que eu pensava no começo. Qual seria o problema em colocar um pouco de dinheiro no tigrinho?
A primeira semana foi fantástica. Eu comecei com um saldo de 500 reais, e terminei com quase 2000. Meu cérebro desligava totalmente quando estava jogando aquela porcaria, e sem nem perceber, eu estava totalmente viciado.
As semanas seguintes não foram generosas para mim. Eu rapidamente perdi todo o saldo que tinha e coloquei mais dinheiro na conta. As perdas foram se acumulando, começando um ciclo interminável de zerar a conta, colocar mais dinheiro, perder tudo novamente e repetir o processo.
Eu estava tão viciado que zerei a conta conjunta que dividia com minha esposa. Foi aí que o pânico tomou conta de mim. As coisas saíram do controle.
O medo de Maya descobrir o que tinha feito me consumia. Eu precisava de uma solução. Sabia que não tinha mais de onde tirar dinheiro, mas eu não podia admitir o fracasso e muito menos contar para Maya o buraco em que eu tinha me enfiado.
E foi nesse momento que me afundei ainda mais, pedindo ajuda para o Marcos.
Capítulo 2
Marcos sempre foi uma figura peculiar. Ele também era coreano, e parte do grupinho de futebol que eu jogava toda quarta-feira. Embora o conhecesse há anos, ele nunca foi alguém com quem formei uma conexão genuína. Algo nele me deixava desconfortável.
Não sabia com o que ele trabalhava. Os boatos que corriam eram de que ele fazia "empréstimos" — embora ninguém entrasse em muitos detalhes. Só sabia que ele tinha dinheiro. Sempre esbanjando nos roles, Marcos vestia roupas caras, relógios de marca e dirigia um puta carrão.
Naquele momento, ele era exatamente o que precisava: alguém que me emprestasse dinheiro sem fazer muitas perguntas. Depois de uma das nossas partidas, decidi que não tinha mais como adiar. Enquanto os outros caras se despediam e planejavam a próxima partida, eu me aproximei dele.
"Marcos, posso trocar uma ideia contigo?"
Ele parou de beber, olhou na minha direção com um sorriso falso, tentando ser simpático. Eu sei que era paranoia minha, mas parecia que ele sabia o que eu ia pedir.
"Fala, Paulo. Qual é a boa?"
Eu nunca tinha trocado mais que um cumprimento rápido com ele, mas naquele momento precisei engolir meu orgulho. "Preciso de uma ajuda... financeira, e me contaram que você trabalha com esse tipo de coisa."
Marcos me encarou por um tempo, parecia que calculava algo. Ele deu um longo gole na cerveja antes de responder. "Você quer grana? Tá na pior, irmão?" Ele não parecia surpreso, e o jeito que falou, me fez sentir que estava se divertindo com a minha desgraça.
“Só preciso de um empréstimo rápido até eu resolver algumas coisas." Tentei manter a voz firme, mas a vergonha estava levando a melhor de mim.
"Posso te ajudar, sim. Mas você sabe que não é de graça, né?"
"Eu entendo. Eu pago o que for preciso." A última coisa que eu queria era discutir condições ali, em meio ao barulho do bar, com os outros caras por perto.
Marcos pareceu satisfeito com minha resposta. "Beleza, então. Amanhã, te passo os detalhes. E vê se não some." Ele deu um tapinha nas minhas costas e se afastou, deixando claro que ele estava no controle agora.
Voltei para casa arrependido. Sabia que estava me afundando ainda mais, mas não via outra opção para resolver meus problemas. Maya já estava dormindo quando entrei no quarto. Eu fiquei parado na porta, observando-a por um tempo.
Como ela reagiria se soubesse da situação em que eu me encontrava? Esse pensamento me aterrorizava.
Quando acordei, os valores que Marcos havia me prometido já estavam depositados na minha conta. Era uma quantia alta, o suficiente para cobrir as dívidas e evitar que Maya descobrisse a verdade — pelo menos por um tempo.
Os juros que ele me cobraria eram exorbitantes, e eu tinha muito pouco tempo até o pagamento da primeira parcela. Segundo Marcos, meu caso era uma aposta de alto risco, então ele exigia um retorno do dinheiro mais acelerado. Claramente não existia um pingo de caridade naquela transação.
Os dias seguintes passaram como um borrão. Constantemente ansioso, parecia que eu carregava o peso da dívida diretamente nas minhas costas. Não fazia a menor ideia de como eu conseguiria dinheiro para pagar o Marcos, e o prazo para a primeira parcela se aproximava.
Não conseguia concentrar mais no meu trabalho. Meus colegas começaram a notar meu desânimo, e meu chefe me perguntava se estava tudo bem. Minhas entregas começaram a atrasar, e a carreira que eu havia construído com tanto esforço começou a mostrar sinais claros de desgaste.
O impacto no meu casamento foi ainda mais devastador. Eu me sentia tão culpado que passei a evitar minha esposa. Nossas conversas durante o jantar eram cada vez mais curtas, paramos de sair juntos, e nossa vida sexual desapareceu.
No início, Maya foi compreensiva, acreditando que os problemas no trabalho estavam me estressando. Mas dava para ver que ela estava subindo pelas paredes, precisando urgentemente de sexo. Tentava de tudo para me arrastar para o quarto, e minha resposta sempre era sempre não.
E qualquer pessoa que tem um vício sabe como é, quando o estresse aumenta, a vontade de buscar aquele pico de dopamina é irresistível. Apostar parecia ser a única saída para aliviar a tensão.
Fiz a coisa mais estúpida da minha vida. Apostei todo o dinheiro que recebi do Marcos. Eu perdi tudo, de novo. Não sei o que Marcos faria comigo, só sabia que não tinha a menor chance de pagar aquela dívida.
Chegou o dia do primeiro pagamento, e pedi mais prazo para Marcos. Ele disse que não havia problema, só precisava pagar a multa na parcela seguinte. Quando eu não paguei a segunda parcela, o tom dele ficou mais duro, dizendo que aquela era minha última oportunidade, se não ele teria que tomar uma atitude.
Ele não especificou o que aconteceria, mas dava para entender que corria um risco enorme se não resolvesse a situação. Eu estava tão no limite que comecei a ter insônia e ataques de pânico. Era só a casca do homem de antes.
Entre a segunda e a terceira parcela, teria o casamento de uma amiga de Maya. O último lugar onde queria estar era uma festa, mas Maya insistiu para irmos. Minha esposa acreditava que sair de casa e se divertir poderia me ajudar, sem saber a verdadeira fonte dos meus problemas.
Contra minha vontade, cedi. Ela estava tão empolgada com a festa, e naquele momento, eu só queria evitar uma discussão.
No dia do casamento, não conseguia nem me arrumar. Vesti meu terno, mas quando me olhei no espelho, fui tomado por uma vontade imensa de chorar. Sentia nojo de mim mesmo. Eu era um impostor, uma fraude, o que estava fazendo era injusto com a pessoa que eu mais amava em todo mundo.
Maya, por outro lado, estava simplesmente deslumbrante. Ela escolheu um vestido longo, dourado, com um decote profundo na perna, cheio de brilho.
Quando ela veio me ajudar a dar o nó na gravata, percebi o quão alta ela estava, graças ao salto. Seus lábios estavam tão próximos dos meus, senti uma vontade imensa de beijá-la. Porém, não o fiz.
Ela virou de costas e foi ao banheiro para terminar a maquiagem, e fiquei ali, admirando sua beleza por mais alguns instantes. Parecia que era a última vez que ia vê-la toda arrumada daquele jeito.
O vestido era bem justo, acentuando sua cintura, o ponto de que eu mais gostava do corpo dela. O movimento do quadril dela ao caminhar ainda me arrepiava, mesmo depois de tantos anos juntos.
Fomos em silêncio no Uber para o casamento, eu totalmente perdido em meus pensamentos. Ao chegar, Maya foi direto conversar com suas amigas e, pela primeira vez em semanas, eu a vi rindo de verdade, sem preocupações. Seu sorriso iluminado me atingiu como um soco no estômago. Eu não havia reparado o quanto minha angústia a afetava. Maya não merecia isso. Ela não merecia o homem que havia me tornado.
Tomei uma decisão: depois daquela noite, eu contaria tudo. Sem mais mentiras, sem mais segredos. Enfrentaria as consequências, pediria perdão e tentaria ser o homem que ela merecia. Eu precisava reconstruir o casamento que eu havia destruído com meu vício.
Abracei Maya por trás e depositei um beijo carinhoso no seu rosto, tomando cuidado para não borrar sua maquiagem que ela havia feito com tanto zelo. Ela olhou para mim com um sorriso genuíno, feliz em ter o marido de volta, mesmo sem saber quanto tempo aquilo duraria.
Ficamos ali por alguns segundos, apenas nós dois, e por um momento, senti que tudo iria se resolver. Mas, a realidade não demorou a me puxar de volta. Senti um toque nas minhas costas.
"Como vai, Paulo?"
Virei para trás e fiquei pálido ao ver que quem me cumprimentava era o Marcos. Apertei sua mão de forma automática, sem conseguir dizer nenhuma palavra.
O que aconteceu depois foi ainda mais surpreendente. Ele se virou para minha esposa, com um sorriso cheio de dentes. "Nossa, Maya, quanto tempo! Que bom te ver por aqui."
Capítulo 3
Eu estava evitando o futebol de quarta-feira exatamente para não encontrar o Marcos. A presença dele ali no casamento fez meu estômago revirar. Eu fiquei com a sensação de que, a qualquer momento, ele fosse comentar algo que revelaria para Maya a farsa que eu era.
Aflito, eu tentava controlar a minha respiração, para minha ansiedade não se tornar uma crise de pânico. E apesar do meu medo de ser exposto, Marcos não parecia ter nenhum interesse em mim. Aproveitando que estava em outra dimensão, ele ficou de costas para mim conversando com a minha esposa.
Maya nunca havia citado o nome do Marcos, eu não tinha ideia que eles já se conheciam. Pela conversa dos dois, deu para perceber que não só se conheciam como eram amigos de longa data. Comentavam sobre os amigos da adolescência e o que cada um estava fazendo da vida. Uma conversa até que inocente, na verdade, mas algo me incomodava.
Cada vez que eles riam, Marcos se aproximava mais da minha esposa, e o jeito como eles se olhavam fazia meu desconforto aumentar. Mesmo com eu ali plantado do lado deles, eles estavam flertando, ignorando totalmente a minha existência.
Essa questão já havia sido uma fonte de brigas com Maya no passado. Era clara a diferença no comportamento dela quando interagia com homens e mulheres. Com os “amigos” dela, ela mexia no cabelo, rodopiava a aliança no dedo, e ria exageradamente a cada comentário. Sinais clássicos da revista “Capricho” sobre como saber se alguém está a fim de você.
Maya dizia que eu imaginava coisas, e meu ciúmes era excessivo. Eu sabia que não era coisa da minha cabeça. Alguns amigos já haviam me procurado para comentar quão desrespeitosas eram algumas atitudes dela. O pior era quando os caras com quem ela estava sendo "simpática" viam isso como um convite para dar em cima dela descaradamente.
"Vamos pegar alguma coisa para beber, Má?" disse, tentando agir antes que a situação piorasse.
"Traz dois Gins com tônica para a gente", Marcos disse, como se eu fosse o garçom da festa. Fiquei puto, porque Maya não reagiu e apenas continuou a conversa.
Busquei a bebida com o sangue fervendo. Era a primeira vez em semanas que eu esquecia da dívida, já que meu cérebro estava totalmente focado em fantasiar maneiras de assassinar o Marcos. Cheguei a até mesmo a empurrar uma velha na fila do bar, provavelmente a avó do noivo, para ser atendido mais rápido.
"Vem comigo rapidinho?", disse para minha esposa quando entreguei os drinks dos dois, mal disfarçando a fúria no meu rosto.
Ela me seguiu, finalmente se afastando de Marcos. Mas, antes que eu pudesse falar qualquer coisa, Maya disse com um tom irritado: "Não começa, Paulo. A gente não pode ter um dia feliz?"
Aquela resposta me desarmou um pouco, não era comum minha esposa ser tão arisca. Ainda assim, eu precisava entender melhor o que estava acontecendo.
"Da onde você conhece o Marcos?"
"Ele é só um amigo", Maya disse e deu um longo suspiro, demonstrando a completa insatisfação com aquela conversa.
Eu não continuei com o interrogatório, apesar da minha esposa não ter respondido à minha pergunta. Eu estava com muita dívida no cartório, insistir poderia até mesmo levantar suspeita das besteiras que tinha feito.
A gente se separou na festa. Enquanto Maya dançava e conversava com suas amigas, eu fiquei em um grupinho de maridos, mais focado em beber do que prestar atenção na conversa que estava rolando.
Como um falcão, eu vigiava cada passo de Maya, tomado por uma mistura de ciúmes e medo de ser exposto. Mais de uma vez, Marcos se aproximou para falar com ela, e tive que assistir de longe eles rindo.
Quando peguei minha quinta ou sexta dose de Whisky, até tomei um susto quando procurei Maya no salão e não a encontrei. E pior, Marcos também havia sumido.
Vasculhei cada canto daquele lugar, desesperado. Andei pela pista, os bares, as mesas do jantar e nada. Faltava apenas olhar a parte externa e os banheiros. Meu coração acelerava, preocupado com a ideia de que os dois pudessem estar no banheiro juntos.
Até fiquei aliviado quando encontrei os dois fumando. Na realidade, era para eu ter ficado puto, odiava que Maya fumasse. Porém, considerando que a alternativa era que minha esposa estava transando com meu agiota, Maya ter câncer de pulmão daqui a alguns anos não parecia um problema sério, pelo menos no naquele momento.
Me aproximei dos dois, que só notaram minha presença quando eu estava a menos de um passo de distância deles. A conversa, que estava animada e cheia de risos, ficou silenciosa assim que perceberam que estava lá, foi enfurecedor.
Maya deu uma última tragada no cigarro e arremessou a bituca no chão. Quando ela começou a caminhar em direção ao salão, me preparei para segui-la, mas Marcos segurou meu braço.
"Fica aqui um pouco, preciso conversar com você."
Senti o frio percorrer minha espinha. Não tinha nenhuma possibilidade daquela conversa ser prazerosa para mim.
"O que eu faço com você, Paulo?", ele falou em um tom calmo. Ele fez uma pausa prolongada, me encarando, e eu tremi. O frio, o álcool e o medo de apanhar se espalharam pelo meu corpo.
Marcos devia ter uns 10 centímetros a mais que eu e era bem forte. Claramente, o tempo que eu havia dedicado construindo minha família e minha carreira, ele passou na academia. Eu sairia bem prejudicado caso ele decidisse reaver o dinheiro dele na base da violência.
"Cobrar os caloteiros é a parte que eu mais odeio desse trabalho. Já sei que você não vai conseguir me pagar..."
Eu não tive capacidade de argumentar, pedir mais tempo ou prometer que logo o pagaria. Fiquei olhando para baixo, como uma criança tomando bronca da professora.
"Eu tenho uma proposta. Acho que é a melhor opção para nós dois..."
Mesmo sabendo que seria uma proposta indecorosa, eu ainda assim fiquei curioso para ver o que ele ofereceria.
"Se você e Maya passarem um final de semana na minha casa de praia, eu zero a multa do seu contrato e você pode retomar o pagamento no ano que vem."
Meu problema era que eu não havia nascido no dia anterior àquele casamento. Sabia que ele não era um riquinho excêntrico que estava apenas buscando o verdadeiro significado da amizade. Ele queria, na verdade, passar o final de semana com a minha esposa.
Capítulo 4
Maya chegou em casa cheia de sacolas, e meu coração apertou, sabendo que nós não tínhamos mais como pagar por aquelas coisas. Quando ela não estava olhando, eu fucei as compras para saber o que ela havia planejado para o nosso final de semana. Ela não havia economizado, comprando roupas para a viagem, biquínis e até mesmo… lingerie.
Eu fiquei encarando a calcinha fio dental de renda preta na minha mão. Fazia um bom tempo que eu não a via usando uma peça daquela. Aquilo me incomodou, mas eu não a questionei.
Ela provavelmente diria que era loucura da minha cabeça, e só tinha aproveitado a ida ao shopping para comprar coisas que precisava, já que desde que a Nina nasceu não havia dado uma renovada no guarda-roupa.
Fora que, tinha sido “minha” ideia ir à casa de praia do Marcos, não tinha como eu reclamar que ela estava comprando roupas para a ocasião.
Marcos enviou fotos para nós do local, e era algo absurdo. A propriedade tinha o tamanho de um sítio, com trilhas e cachoeira no meio dela. Para completar, tinha uma praia que o acesso só era possível por barco ou pela propriedade. Enquanto Maya parecia uma criança indo para a Disney, eu não conseguia nem fingir que estava animado.
E tinha algo, além disso, que me incomodava naquela semana…
Na segunda, minha esposa estava brincando com a Nina e o celular dela vibrou. Fui pegar o celular para dar a ela, e Maya voou em direção ao aparelho. Ela nunca havia feito nada parecido antes. Era irônico eu sofrer achando que ela poderia estar escondendo algo de mim. De qualquer forma, eu precisava saber.
Esperei Maya dormir, e peguei o celular dela. Pelo menos, ela não havia mudado a senha. Li as primeiras conversas e nada. Depois procurei pelo meu nome, Marcos, traição... também não achei nada.
Estava quase desistindo, aceitando que tinha ficado completamente biruta graças à culpa, quando percebi uma coisa estranha. O grupo das amigas da minha esposa estava vazio. Maya havia deletado a conversa.
Conectei o WhatsApp dela ao meu laptop do trabalho e esperei. Não fiz mais nada naquela semana, só fiquei monitorando em tempo real cada mensagem que minha esposa recebia. Não sei nem o porquê estava tão fissurado naquilo.
Na quarta-feira à noite, enquanto eu fingia estar trabalhando no meu laptop, o grupo das amigas dela finalmente deu sinal de vida.
Maya:
“Olha o que comprei pro final de semana 🥵🔥”
Minha esposa mandou várias fotos de si mesma, vestindo uma peça que ela tinha comprado para a viagem. Era o biquíni vermelho que eu já tinha visto nas compras, e ele tinha menos tecido do que esperava. Graças ao bumbum massivo da minha esposa, nas fotos de costas parecia que ela não vestia nada.
As amigas rapidamente começaram a comentar.
Bruna:
“Porra, Maya! Tá com tudo em cima, hein? Que mamãe hein 😏”
Renata:
“Pegou na sessão infantil, né gata? HAHAHAHA”
Júlia:
“A praia particular vai pegar fogo, hein?! 🔥”
Bruna:
“O Marcos é aquele mesmo? Ele que é o 'pirocudo' que você saía? 🤣”
Júlia:
“HAUHAUHAUHAUHAU. A Bru matou a charada. Ninguém usa um desses só para agradar ao marido”
Maya:
"Que é isso gente... é pro Paulo, tá? Mas, sim... o Marcos é esse mesmo Bru. 🙈"
A vontade era arregaçar o computador e todas as coisas que tinham no escritório de tanta raiva. O Marcos não era só um amigo, ele era um ex, e agora eu tinha que passar o final de semana sabendo que o "pirocudo" tentaria comer a minha esposa.
Não havia o que fazer. Eu não podia cobrar a Maya depois de violar a privacidade dela, até porque, quem estava falando em me trair eram as amigas dela, não ela. E nem tinha como cancelar a viagem, só Deus sabe o que aconteceria comigo caso voltasse atrás de um acordo com o Marcos.
Eu fui para a praia, com a alegria de uma pessoa que acompanha um velório de um ente querido.
Chegamos perto da hora do almoço, e pessoalmente, a propriedade era ainda mais impressionante do que nas fotos. Marcos nos recebeu na casa principal da propriedade. Era uma estrutura extravagante, criada por uma arquiteta famosa. A sala, conectada por portas de correr de vidro a duas varandas, oferecia uma vista deslumbrante. De um lado, a piscina se estendia em direção à praia particular, enquanto do outro, a varanda revelava uma cachoeira que cortava a densa vegetação da propriedade. O pé direito altíssimo dava ao lugar uma sensação de vazio, quase como se estivéssemos em um castelo assombrado.
O andar superior era igualmente impressionante. Um corredor largo conectava as seis suítes, todas idênticas: cada uma com uma cama King Size, uma televisão gigantesca, varandas com vista para a cachoeira ou para a praia, e banheiros com banheiras de hidromassagem. Parecia surreal que aquele "castelo" fosse abrigar apenas nós três naquele fim de semana.
“Vocês preferem um quarto com vista para a cachoeira ou para a praia?”, perguntou Marcos. Dei de ombros — para mim, não fazia a menor diferença qual seria o palco da minha tortura.
“Praia! Eu quero acordar vendo o mar,” respondeu Maya, com os olhos brilhando de entusiasmo.
Marcos então sugeriu que trocássemos de roupa para almoçar na piscina. Os empregados levaram nossas malas para o quarto, e Maya, com uma velocidade que eu nunca havia visto antes, se trocou, colocando o biquíni vermelho que havia comprado para a ocasião e uma saída de praia.
Encontramos Marcos na área da piscina, apenas de shorts. Eu sabia que ele tinha o físico de dar inveja, mas o contraste entre nós dois era cruel demais. Ele era musculoso e definido, o tanquinho parecia de uma escultura grega, enquanto eu, apesar de ser magro, estava longe de qualquer ideal de beleza. Uma sensação de inferioridade tomou conta de mim, e pelo jeito que Maya olhava para ele, parecia que ela concordava que ele era o espécime superior.
A gente comeu, conversou e encheu a cara. Cada vez que os copos chegavam na metade, um dos empregados de Marcos enchia com mais cerveja. Depois de um tempo, Maya tirou a saída de praia, revelando o minúsculo biquíni vermelho que havia comprado especialmente para aquele final de semana, e se deitou para tomar sol, ficando afastada de mim e de Marcos.
Era como se ele tivesse se transformado num personagem de desenho animado, com corações saltando dos olhos ao ver o quanto o biquíni deixava à mostra, incapaz de manter a farsa onde fingia que me respeitava.
Ele não trocou nenhuma palavra comigo, apenas ficou olhando fixamente para Maya. Com a excitação dele, pude descobrir que minha esposa não havia exagerado na descrição dele para as amigas. Aquela coisa no shorts dele era fora do normal, e embora eu não tenha medido, com certeza tinha mais que 20 centímetros.
A ousadia daquele filho da puta era tanta que, mesmo comigo do lado dele, ele colocou a mão dentro da bermuda e começou a se acariciar enquanto observava a minha esposa, deixando claro que não tinha nenhum respeito por mim.
Naquela hora, deveria ter pegado um pedaço de pau e dado na cabeça dele, mas a real é que o sentimento era bem confuso. Vergonha, raiva, impotência, ódio… tudo se misturava, me deixando paralisado, mas estranhamente excitado.
Aquele final de semana, eu iria ser corno. Tentei não pensar sobre o assunto, como se só o fato de pensar isso, eu estaria atraindo para mim a desgraça. Só uma pessoa muito doente sentiria tesão numa situação dessas, onde corria o risco de perder o amor da sua vida.
Só que, de certa forma, parecia justo eu ter uma punição e sofrer aquela humilhação depois de todas as merdas que fiz.
Enquanto processava aqueles pensamentos, Marcos disse baixinho para mim, sem parar de se masturbar por dentro da calça: “Você vai ter que arranjar uma desculpa para vazar, porque hoje eu vou comer a sua mulher.”
Capítulo 5
“Vem, Maya! A água tá uma delícia”, Marcos chamou, com aquele sorriso de canto que parecia não sair do rosto desde que chegamos. A vontade era de gritar, porque sabia que Marcos aproveitaria de alguma forma aquela ida a piscina.
Minha esposa levantou da espreguiçadeira, entrou na piscina pela escada, descendo devagar. Quando ela estava no último degrau, Marcos ofereceu as duas mãos a ela. Antes de aceitar, Maya olhou para mim, testando qual seria a reação do marido ciumento ao ver um homem musculoso segurando as mãos dela.
Eu não permiti que o ódio dentro de mim transbordasse para o mundo exterior, então ela entendeu aquilo como uma permissão. Marcos a carregou para a parte mais funda da piscina, enquanto Maya se acostumava com a temperatura da água, sem ainda molhar sua cabeça.
“Nossa eu não achei que a água estaria tão fria”, Maya disse.
Uma ideia surgiu na cabeça de Marcos, que lançou um olhar travesso. “Só tem um jeito, Ma… Entrar de uma vez só.”
Ele deu um caldo na minha esposa, segurando ela debaixo d'água por alguns segundos. Quando ela ressurgiu, parecia um gato escaldado, com cabelo na cara e lutando para recuperar o fôlego. Fingindo estar brava, Maya pulou nas costas dele, tentando revidar de qualquer jeito, embora que a diferença de altura e força fazia o esforço dela ser inútil.
Essa era minha sexta-feira. Assistir o amor da minha vida, regredindo a adolescência, e brincando na piscina com o meu agiota, uma cena que me fazia lembrar da “Banheira do Gugu”.
Marcos deixou que minha esposa pulasse em suas costas por um tempo, aproveitando para apalpar e se esfregar nela. “Se você não se acalmar, vai tomar mais um caldo”, ele disse. Então, fingindo irritação, ele foi para trás de Maya, prendendo os braços dela na cabeça.
Maya gritava e se contorcia, tentando se livrar da chave de braço, e eu só imaginava o que rolava por baixo d’água. Eles estavam muito colados um no outro, com certeza a minha esposa estava sendo roçada pelo “pirocão” do seu ex. Pela primeira vez na minha vida, eu desejei que a segunda-feira chegasse logo, acabando aquela viagem e o meu tormento. A bebida fez com que os dois passassem de todos os limites.
Subitamente, Maya parou de gritar e se contorcer, virando o rosto para mim, com os olhos arregalados. Não sabia o que estava acontecendo por baixo d'água, mas algo claramente tinha mudado.
Levantei-me devagar, e comecei dar uma volta, fingindo que estava olhando as plantas. O meu verdadeiro objetivo era mudar meu ponto de vista e ver o que estava acontecendo ali. A curiosidade e o pavor se misturavam, e, de alguma forma doentia, eu precisava confirmar o que já suspeitava.
Ao encontrar o ângulo certo, não restaram mais dúvidas. Marcos, debaixo d'água, havia tirado o shorts e a cueca. Seu pau estava livre, roçando diretamente na bunda de Maya, que ainda estava presa na chave de braço que ele aplicava nela.
Marcos olhou diretamente para mim com um sorriso cínico, me desafiando. Eu me virei de costas para eles, fingindo que estava analisando uma planta com extremo interesse, mas, na realidade, evitava encarar o que estava se desenrolando bem diante de mim.
Maya permitiu que aquele “carinho” rolasse por mais um tempo. Mas, antes que Marcos começasse a comê-la bem na minha frente, ela se desvencilhou e foi para outro canto da piscina, esfriar as coisas.
"Onde fica o banheiro?", ela perguntou, ainda um pouco sem fôlego, tentando se recompor.
Marcos apontou para uma casinha próxima à piscina. "Primeira porta à direita, Ma". Ela saiu da piscina, secou o corpo, e foi em direção ao banheiro, com biquíni vermelho grudando na sua pele. Fiquei ali, bebendo em silêncio, ouvindo o som das ondas que batiam na praia particular da casa.
Porém, o tempo passava e nada de Maya voltar. "Ela tá demorando, né?", Marcos disse, interrompendo meus pensamentos. Ele me lançou um olhar, e eu sabia que ele estava me provocando. "Você quer saber o que ela tá fazendo?"
"Vem", ele disse, caminhando em direção à casa. "A gente pode espiar pela janela."
Mesmo bêbado, eu tinha completa noção que espiar minha própria esposa no banheiro como um adolescente tarado era ridículo, especialmente junto do meu agiota. Mas, eu estava num estado tão submisso, que não questionei. Apenas o segui hesitante, a cada passo, uma mistura de raiva e ansiedade crescendo dentro de mim.
Quando nos aproximamos da porta, não precisou espiar por janela nenhuma. Os sons eram nítidos demais para termos dúvida do que estava acontecendo ali. Maya estava gemendo, tentando se aliviar depois da farra na piscina. O som de seus suspiros era inconfundível. Ela estava lá dentro, se tocando, provavelmente com imagens frescas de tudo o que havia acabado de acontecer com Marcos na piscina.
Marcos colocou a mão na boca para abafar o som do seu riso, tomando cuidado para a gente não ser flagrado. Depois, sem conseguir se controlar, disse: “A Má é uma vagabunda de primeira né, corninho?”
Voltei para piscina, deixando Marcos sozinho para espiar minha esposa se masturbando pensando nele. Tive que controlar para não começar a chorar ali mesmo.
O resto da tarde foi um pouco menos intensa, apenas bebemos e ficamos sentados na praia. Eu sentia o tempo inteiro que estava atrapalhando o encontro dos dois. É insano, eu sei. Maya era minha esposa, mas mesmo assim, eu me sentia segurando vela. Me perguntava até mesmo se Maya queria que eu estivesse ali.
“Nossa, ficou frio de repente”, Maya disse cruzando os braços. “Vamos tomar banho, amor?”
Eu demorei para responder, porque não tinha percebido que Maya estava finalmente falando comigo. Quando fiz menção de responder, Marcos disse: “Vai indo lá, Má. Tem algumas coisas que eu preciso discutir com o Paulo.”
Maya entrou sozinha na casa, com um ar levemente desapontado. Ela não estava programando para aquele ser um simples banho.
Quando finalmente ficamos sozinhos, Marcos revelou o porquê precisava tanto conversar a sós comigo. “Nem fodendo que você vai foder com ela, corninho. Hoje ela é minha…”, ele disse, parando no meio da frase para dar uma risada nojenta. “Olha, para você não ficar tristinho e de mão abanando, vou te fazer uma proposta. Eu não conto para Maya hoje o quanto você me deve, se você arranjar uma desculpa e deixar a gente sozinho.”
Qualquer resistência que eu tentasse oferecer parecia patética diante da realidade. Aquele homem, meu agiota, estava me forçando a assistir enquanto ele tomava algo que era meu — minha esposa. E ainda assim, no fundo, eu sabia que era minha culpa.
"Tá certo", murmurei, como se as palavras estivessem sendo arrancadas de mim a força. "Eu invento alguma desculpa. Vou embora."
Marcos sorriu, satisfeito, sabendo que a batalha já estava ganha. "Boa, corninho. Vai lá cuidar da tua mãe, ou inventa qualquer merda. O importante é que você suma daqui para eu e a putinha nos divertirmos."
Me sentindo anestesiado, fui até o quarto, tentando digerir o que tinha acabado de acontecer. Sentei na cama, e fiquei ouvindo o som do chuveiro ligado. Maya estava lá dentro, esperando por mim, pensando que teríamos um momento juntos.
A porta do banheiro se abriu. Maya saiu enrolada numa toalha, seus cabelos ainda molhados e pingando pelas costas. Ela caminhou até mim com um sorriso tranquilo, inclinando-se para me beijar. Eu aceitei o beijo, mas sem a paixão que ela esperava. Sabia que aquilo seria a última coisa que faríamos juntos naquela noite.
"Maya..." comecei, hesitante. "Eu... recebi uma ligação da minha mãe. Ela não está se sentindo muito bem. Preciso voltar para casa e ver como ela está."
Maya franziu a testa, surpresa. "Sério? Agora? Justo hoje?"
Balancei a cabeça, tentando parecer convincente. "É só uma precaução. Vou, mas eu volto amanhã antes do almoço. Não se preocupa, tá? Aproveita a noite, descansa. É vapt-vupt."
Ela hesitou por um segundo, olhando nos meus olhos, tentando decifrar se havia algo mais na minha fala. Mas, no fim, Maya apenas suspirou e assentiu. "Tudo bem, se é urgente, vai lá. Só... volta logo, tá?"
Eu forcei um sorriso, beijei-a de novo, mais rápido desta vez, e me levantei. Peguei minhas coisas sem nem olhar para trás, sabendo que estava deixando o caminho livre para Marcos fazer o que quiser.
Capítulo 6
Deixei meu carro no acostamento da estrada, pulei um muro e caí numa área de mata fechada da propriedade. Não conseguia ver um palmo à minha frente de tão escuro que estava, mas com as luzes da lanterna do celular, fui me esgueirando pelo meio do mato, apavorado com a ideia de que alguém pudesse me flagrar.
Do portão principal até a casa, eram alguns quilômetros de caminhada, que demorei mais do que o normal para vencer, graças à escuridão e ao fato de não estar usando a estrada principal. Com cuidado, cheguei perto das portas de vidro da casa principal, para tentar ver alguma coisa.
Os dois estavam na sala tomando vinho. Senti um certo alívio porque pelo menos estavam conversando sentados em sofás separados. Talvez meu casamento ainda tinha salvação. Eu abri uma fresta na porta, para ouvir a conversa. Meu coração batia tão forte que achei que eles fossem escutar.
“Então, Maya," Marcos começou, sua voz baixa e cheia de um tom provocativo, "o Paulo tá muito preocupado com a mãe dele, hein? Foi embora bem rápido.”
Maya riu, mas era um riso nervoso, contido. “Pois é, coisa estranha, né? Ele nunca é assim tão impulsivo… Mas, se a mãe dele precisa, não tem o que fazer.”
Marcos balançou a cabeça, considerando as palavras dela. Ele tomou um longo gole de vinho, antes de pousar a taça na mesa de centro. “Sabe, eu tenho a sensação de que ele não tá tão preocupado com a mãe assim.”
Maya franziu a testa, desconfiada. “Como assim?”
Marcos se inclinou um pouco para frente, como se fosse compartilhar um segredo. “Eu tenho a impressão de que ele sabia que nós dois precisávamos de um tempo sozinhos.”
Maya riu de novo, e confesso que fiquei na dúvida se o riso era um convite ou se ela estava cortando o ex. “Você tá brincando, né? Eu sou casada, e você é amigo do Paulo...”
“Aham… vai me dizer que não gostou nem um pouco da brincadeira na piscina, né?” Marcos interrompeu.
Maya hesitou. “Marcos...” ela tentou falar, mas as palavras ficaram presas na garganta, não conseguindo ou querendo dar uma resposta definitiva.
Ele se inclinou um pouco mais, seus olhos fixos nos dela, caçando uma reação. “Você não mudou nada, Maya. Lembra das nossas escapadas na Igreja? Mesmo adolescente, você já era uma profissional.” Ele deu uma risada curta e abafada, repleta de um orgulho dissimulado. “Você sempre soube como deixar um homem louco.”
“Era isso mesmo que era, loucura. A gente era muito novo, Marcos…. Se eu não fosse casada, quem sabe.” Ela tentou desviar o foco, mas algo em sua voz sugeria uma certa saudade.
Percebendo que estava vencendo a resistência da minha esposa, Marcos sorriu de canto. “Pode até ter passado muito tempo, mas você continua igualzinha, Maya. E eu sei que você ainda pensa naqueles momentos. O banheiro da sacristia, os encontros às escondidas, o medo de sermos pegos... a adrenalina, o desejo...”
Maya abaixou o olhar, mexendo na taça de vinho, tentando encontrar as palavras certas para responder.
Marcos se levantou e se aproximou dela, sentando-se no braço do sofá, chegando cada vez mais perto. “Quer manter a tradição de se encontrar no banheiro? Podíamos ir para a hidromassagem na suíte.” O jeito que ele falava era mais uma ordem do que um convite.
Maya respirou fundo, tentando controlar as emoções dentro dela. “Uma hidro agora até que não seria ruim. Eu só vou passar no quarto pra pegar meu biquíni.”
Marcos soltou um riso curto, balançando a cabeça com desdém. “Ah, não... você sabe que a experiência da hidromassagem só é completa pelado. Vamos, Ma, sem frescuras.” Ele se levantou e estendeu a mão para ela, sabendo que ela iria com ele.
Esperei até que fossem para a suíte, depois entrei na casa, subi as escadas e me posicionei em uma das varandas, pendurado no parapeito, tentando captar qualquer vislumbre do que acontecia lá dentro. A sorte, se é que posso chamar assim, é que a arquiteta, em uma tentativa de sofisticação, tinha instalado janelas gigantescas por toda a casa. Mesmo tendo que me esticar e correr o risco real de despencar de lá, a visão privilegiada compensava o perigo. Dali, eu conseguiria ver tudo.
Quando finalmente me acomodei, Maya já estava pelada dentro da hidromassagem, enquanto Marcos, do lado de fora, tirava suas roupas e pegava toalhas num armário para quando eles saíssem.
Minha esposa estava claramente bêbada, mas ainda um pouco arisca. Encolhida num canto, braços bem próximos ao seu corpo, evitava fazer contato visual com corpo nu de Marcos, talvez tentando recuperar algum controle da situação. Mas, considerando a posição que Marcos a tinha, bêbada, pelada e numa banheira, isso seria quase impossível.
Marcos andou em câmera lenta em direção a hidro, com o monstro dele balançando bem na altura do rosto de Maya. Como um cachorro esperando um petisco, os olhos da minha esposa acompanharam instintivamente aquela coisa se mexendo.
“Gostou do que viu? Tava com saudades né…”, Marcos perguntou com deboche.
Nós asiáticos já ficamos bem vermelhos quando bebemos, mas a vergonha que tomou conta de Maya quando percebeu o que estava fazendo, tornou o rubor dela ainda pior. “Eu… não… eu…”, ela gaguejou de forma incompreensível, fazendo Marcos gargalhar.
“Não precisa ficar assim, Má… Você já conhece o meu amiguinho, não precisa ficar tímida não. Que tal um beijinho pelos velhos tempos?”
Maya levantou a cabeça para olhar para o Marcos, parando finalmente de encarar o pau daquele filho da puta. Não disse nada, mas seu olhar suplicava para que ele não fizesse aquilo, porque se ele avançasse ela não conseguiria manter a promessa que fez a mim de ser fiel no dia do nosso casamento.
Marcos estava cagando para isso. Deu um passo para frente, deixando com que o seu pau, ainda meia bomba, tocasse o rosto de Maya. Ela manteve os lábios cerrados, e continuava tentando não olhar, como se isso fosse a ajudar resistir.
Bem de mansinho, Marcos passou a mão por trás da nuca da minha esposa, e puxou ela. “Não, Marcos, eu não posso…”, foi a última coisa que Maya disse antes de desistir, e abraçar a cabeça daquela coisa monstruosa com sua boca.
No começo, Marcos deixou que minha esposa determinasse o ritmo. Maya fazia um boquete lento, sensual, focado em beijar a cabecinha e lamber as redondezas. Claramente não era aquilo que ele tinha em mente para aquela noite.
Pressionando a cabeça dela, aumentou o ritmo, fazendo o seu pau entrar cada vez mais fundo na boca da minha esposa. Maya engasgava, tossia e batia na perna de Marcos, tentando não ser empalada. Mesmo com toda brutalidade dele, ela engolia no máximo metade daquele pau.
Eu não sabia mais o que fazer. Não tinha nem capacidade de processar tudo que estava vendo. Queria chorar, queria impedir que eles continuassem, queria terminar meu casamento, queria pedir perdão para Maya e recomeçar nossa relação do zero. E pior de todos os quereres: queria me masturbar ali mesmo, vendo meu agiota foder a boca da minha esposa como se fosse uma buceta.
“Uma vez putinha, sempre putinha!”, Marcos disse rindo, deixando claro que estava adorando o boquete brutal que recebia da minha esposa. A respiração dele ficou mais alta e espaçada, da sua boca escapavam gemidos e insultos a Maya, cada vez mais frequentes. Ele estava muito próximo de gozar.
Maya se debateu para desvencilhar, enquanto Marcos mantinha a pegada firme na nuca dela não deixando que ela parasse de chupá-lo. Virando a cabeça, ela conseguiu se afastar o suficiente para pedir: “Não goza na minha boca.”
Marcos novamente riu, como se o pedido da minha esposa fosse uma piada. “Você adorava tomar porra na boca, agora que é mamãe vai negar? Nem fodendo, chupa até o final, cadela”, disse, e forçou a cabeça de Maya de volta para seu pau.
Mexendo os quadris, ele fodeu a boquinha da minha esposa, até gozar. Ao atingir o clímax, ele afundou o pau na boca dela o mais profundo que conseguia, e ficou com ele lá por alguns segundos, obrigando-a engolir toda porra que saía.
Quando finalmente ele a libertou, Maya estava ofegante, lutando para recuperar o ar. “Nossa, como é possível alguém gozar tanto?”, ela comentou.
Aquele filha da puta riu, como se isso fosse um grande feito. “Que desempenho Má. Você continua fazendo a melhor chupeta que já recebi na vida.”
Maya estendeu os braços, as palmas das mãos viradas para cima, como se aguardasse uma plateia para aplaudi-la. Marcos atendeu à expectativa, batendo palmas em direção a ela, enquanto eu observava em silêncio. Era o único ali que poderia me unir a ele, mas, depois de tudo que já tinha passado, a última coisa que sentia era vontade de aplaudir.
Capítulo 7
Maya se limpou na pia, enquanto Marcos relaxava na hidromassagem com os olhos semicerrados de satisfação por ser chupado pela minha esposa. Ela se aproximou e se sentou ao lado dele, encostando a cabeça no ombro dele. Os dois ficaram ali, abraçados, desfrutando o momento, como se fossem um casal. Era uma cena até romântica, minha esposa e meu agiota tomando um vinho na banheira, recuperando as forças depois do primeiro ato da transa que destruiria meu casamento.
“Eu... eu amo o Paulo. Ele é um bom marido, sabe? Eu tô me sentindo péssima. O que a gente acabou de fazer... eu não sei...”
Marcos deu uma risada seca, não levando as palavras dela a sério. “Para com isso, Maya. O Paulo nem faz ideia do que está rolando aqui. E, mesmo que fizesse, você acha que ele não merecia? Pelo que eu vi, ele está preocupado com outras coisas, negligenciando você. Você tem direito de se divertir um pouco.”
Marcos sabia do meu segredo. Ele entendia, melhor do que a própria Maya, o que estava realmente acontecendo no nosso casamento. O peso da culpa que eu carregava me tornava frágil, vulnerável. Ele planejava usar essa vantagem para manipular a situação, conduzindo Maya realizar todos os seus desejos.
“Maya, você está apenas sendo honesta com você mesma. Você tem desejos. E o Paulo... bem, ele não está te satisfazendo. Você sabe disso.”
Maya não disse nada, apenas olhou para baixo com uma cara pensativa, e percebendo o momento, Marcos a puxou para ainda mais próxima dele, e a beijou.
Maya estava hesitante, correspondendo ao beijo de forma contida, cautelosa, lutando contra os sentimentos de culpa. Porém, aos poucos, ela foi se permitindo, depositou a taça de vinho na borda da banheira, e usou as mãos, agora livres, para percorrerem o corpo de Marcos. E o desejo, antes contido, tomou conta. Minha esposa subiu no colo do seu amante,transformando aquele beijo em algo ainda mais intenso, sem mais qualquer resistência.
Quando vi o que Marcos fez, eu soube que estava fodido. Aproveitando-se da posição, ele começou a beijar, lamber e mordiscar os seios de Maya. O que me doía era que não conseguia lembrar qual tinha sido a última vez que eu tinha feito isso para ela. Honestamente, se alguém merecia ser corno, esse alguém era eu.
Tudo era muito confuso. Eu me sentia culpado por tudo, e tinha tesão em ver Maya gemendo pelas carícias de outro homem. Nunca acreditei que era possível gostar de ser corno manso, pelo menos não em relacionamentos de verdade. Mas, lá estava eu, me masturbando ao assistir o amor da minha vida com outro.
Marcos saiu da hidro, e ofereceu a mão para minha esposa, que aceitou a ajuda para levantar e o seguiu, deixando-o guiar os próximos passos. Ele a abraçou envolvendo com uma toalha, sem nunca parar de beijá-la.
Sem controle algum, Maya dava pequenas reboladas, roçando seu corpo no cacete enorme de Marcos. Ele deslizou sua mão pelo corpo da minha esposa, fazendo o corpo dela estremecer por completo só com o toque da mão dele. Com um dedo, ele penetrou o sexo dela, fazendo-a soltar um gritinho, que era uma mistura de surpresa e tesão.
“Não aguento mais Marcos… mete em mim.”, Maya disse ofegante entre seus gemidos.
Com um sorriso de orelha a orelha, Marcos chegou bem perto do ouvido da minha esposa e sussurrou: “Claro, eu dou o que você quer, só precisa falar que o Paulo é um corno.”
Maya arregalou o olho, profundamente ofendida. Ela ficou quieta, encarando Marcos, esperando que ele admitisse que aquilo não passava de uma brincadeira. Ao ver que ela demorava a obedecer, ele afastou seu corpo, deixando claro que só continuaria quando ouvisse aquelas palavras saindo da boca dela.
Quando ele fez menção de tirar a mão do sexo dela, Maya com um movimento rápido segurou a mão dele no lugar. “Eu sou sua Marcos. Faz o que você quiser comigo…”, Maya disse e pausou, incapaz de continuar com a segunda parte do pedido.
“E…”, Marcos respondeu, deixando claro que só continuaria quando sua ordem fosse obedecida.
“O Paulo é um corno.”, ela completou, em um volume tão baixo que era quase inaudível. Em seguida, ela gritou, porque satisfeito com a resposta, Marcos agora usava os seus dedos para satisfazê-la. Ele começou com um dedo, aumentou para dois, e no fim estava com três dedos dentro da minha esposa, preparando-a para receber aquela rola gigantesca.
Os dois seguiram para o quarto para continuar aquela foda, minha esposa deitou na ponta da cama, enquanto Paulo ficou de pé, ainda brincando com seus dedos dentro dela e esfregando seu cacete nela. Maya não se aguentava de tanto tesão, rebolando na mão dele, totalmente preparada para o que viria a seguir.
“Nossa Má, você sempre fica molhada desse jeito ou isso tudo é saudades?”
Maya riu do comentário. “Não Má… isso tudo é só com você mesmo.”, ela disse jogando sua pélvis em direção ao meu agiota.
Marcos com bastante delicadeza ganhou terreno, pouco a pouco, até um pouco mais da metade daquele cacete monstruoso estar dentro da minha mulher. Ele ficou parado, deixando Maya se acostumar.
A iniciativa de sair daquele impasse partiu dela, que com o quadril, jogou seu corpo para frente e para trás, deslizando naquele mastro. Marcos gemia de satisfação, com a visão mais privilegiada da terra que era minha esposa completamente submissa ao prazer. "Assim, Ma... desse jeito," ele incentivava, apertando os quadris dela com força, guiando seus movimentos.
Marcos se inclinou para frente, tomando o controle, e com um movimento mais firme, enfiou o restante do seu pau dentro dela. O grito de Maya cortou o ar, enquanto ela agarrava os lençóis com força.
"Você gosta disso, não gosta?" Marcos provocava, enquanto acelerava o ritmo. O som de seus corpos colidindo preenchia o quarto. Sem usar palavras, Maya respondeu puxando as próprias pernas para cima e prendendo-as ao lado da cabeça, mostrando a Marcos que ela queria mais e estava totalmente aberta para o que ele quisesse.
“Não para! Eu vou gozar”, minha espoca anunciou.
Vendo o jeito que ela gritava, gemia e tremia no pau do seu amante, eu até me questionei. Será que ela nunca teve prazer comigo e todos os gozos que ela teve comigo, falsos? Os sons que saíam de Maya eram diferentes de tudo que eu já tinha ouvido em todos esses anos que a gente esteve junto. Marcos continuou no mesmo ritmo, até minha esposa terminar seu clímax e envolvê-lo com as pernas, implorando por uma pausa.
Ele deu dois tapinhas leve na bunda dela, e Maya se virou, ficando de quatro na cama. O bumbum dela grande e durinho, se oferecia para ele, e eu suei frio pensando na possibilidade daquele cacete enorme comer o cu da minha esposa, que eu mesmo nunca havia brincado. Marcos pensou a mesma coisa que eu, e com a mão, posicionou seu cacete na porta dos fundos da minha mulher.
Maya virou a cabeça para trás, com os olhos arregalados. “Aí não, Marcos, nem meu marido come minha bunda com o pauzinho dele. Esse monstro vai me arregaçar.”
Mesmo sendo negado, Marcos sorriu. Aceitou que teria outras oportunidades para comer o cu da minha esposa.
Não perdendo tempo, Marcos comeu a minha esposa de quatro, investindo com força, arrancando gemidos desesperados dela. A cama balançava sob o ritmo feroz que ele imprimia. Ele aumentou a velocidade, enquanto segurava a cintura dela com força. Completamente envolvida, Maya agarrava os lençóis, o corpo todo tenso de prazer.
Eu gozei assistindo aquilo. Como eu havia deixado as coisas chegarem a esse ponto? Só depois que terminei que o desespero tomou conta de mim. Maya não estava tomando nenhum tipo de anticoncepcional, já que estávamos tentando ter mais um bebê. Eu rezava para que Marcos tivesse pelo menos a consciência de não gozar dentro da minha esposa.
Marcos acelerou, e seus gemidos revelavam que o clímax estava próximo. Maya gemia e arfava, sem perceber o que estava prestes a acontecer. Eu, por outro lado, sabia. Tudo ficou em câmera lenta, meu corpo estava paralisado, o suor escorrendo pelo meu rosto enquanto eu tentava processar a ideia de que o que Marcos iria fazer podia ser irreversível nas nossas vidas.
De repente, Maya gritou: "Vai devagar! Não goza dentro, pelo amor de Deus!" Ela se debateu na cama, tentando escapar, mas Marcos a segurou com firmeza, sem deixar que ela saísse de seu controle.
Ele riu, aquela risada cínica e cheia de poder, e respondeu: "Relaxa, gatinha. Vou te dar mais um presentinho hoje." Pressionando ainda mais seu corpo contra o da minha esposa, e com um gemido alto e gutural, deixou claro que estava gozando dentro dela.
O grito de surpresa e desespero de Maya cortou o ar. Ela tentou se desvencilhar, mas já era tarde demais. Seu corpo tremia enquanto ela tentava processar o que tinha acabado de acontecer. "Não! Marcos, por que você fez isso?!"
Ele a soltou e recuou, satisfeito. "Porque você merecia, Má. Agora, relaxa. É só mais um pouquinho de diversão. O Paulo nem precisa saber."
Capítulo 8
Eles passaram a noite inteira acordados. Escondido na varanda, assisti minha esposa dando por horas para o meu agiota. Ela cavalgou, chupou, masturbou, foi penetrada em pé, deitada, de lado, de costas… basicamente tudo que dava para fazer com um pau, Maya fez.
Eu cheguei bem cedinho da visita a “casa da minha mãe”, e mesmo assim, os dois continuaram dormindo até a hora do almoço. Fiquei lá naquela mansão com uma praia particular, desesperado, sem saber o que seria da minha vida.
Ao contrário do que eu esperava, o resto do final de semana foi tranquilo. Acho que de tanto que eles haviam metido na sexta, não tinham mais forças para continuar. Não saí do lado da Maya nem por um segundo para não dar nenhuma chance para os dois.
Já na segunda-feira, voltando do trabalho, percebi algo estranho. Meu celular não parava de vibrar com notificações, todas vindas do grupo de futebol de quarta-feira. Senti que algo estava errado, e quando abri o grupo, meu coração despencou.
Era Marcos que estava postando fotos e vídeos do final de semana. Primeiro, ele começou com trechos "inocentes": minha esposa na piscina de biquíni vermelho. Mas logo, ele subiu o nível, colocando trechos do que realmente havia acontecido — as câmeras de segurança escondidas que ele tinha na casa captaram tudo.
Ele trocou a foto do grupo para Maya engasgando naquele “pirocão” gigante. Postou o vídeo dela na banheira, ela dando de quatro, e as horas de sexo que aconteceram depois. E isso nem era o pior. Havia um vídeo meu, espiando pela janela, assistindo tudo.
Os comentários começaram a pipocar no grupo.
"Que porra é essa, Paulo?"
"Caralho, corno ao vivo?"
"Esse cara tá só assistindo, mano! Que doente."
Marcos me enviou no particular um um vídeo de melhores momentos, toda às vezes que Maya disse que o pau dele era maior que o meu, que eu era corno, que agora só daria a buceta para aquele “pirocão”. Era doloroso demais. Eu estava pensando no que responder e no que deveria fazer, mas a mensagem que ele me enviou me deixou sem chão: “você deveria ter pago sua dívida.”
Depois de sofrer a maior humilhação da minha vida, a pior parte era que eu achava que ele estava certo. Não tinha ninguém para culpar pelo que estava acontecendo, além de mim mesmo. Eu tomei tantas decisões horríveis em sequência, e agora era minha família que estava pagando por isso.
"Sexta-feira eu vou aí comer a sua esposa, se eu fosse você eu sairia de casa."
O sangue subiu à minha cabeça e, pela primeira vez, desde que toda essa desgraça começou, eu senti vontade de enfrentar o Marcos. Peguei o celular e comecei a digitar, meus dedos tremendo. "Você nunca vai fazer isso, Marcos. Nunca mais vai encostar na minha esposa. Se você aparecer na minha casa, vai se arrepender." Apertei "enviar" com a raiva, mas logo em seguida me arrependi.
"Você vai impedir como, corno? Acha que vai conseguir me enfrentar? E se eu contar para a Maya o porquê de eu estar tão à vontade na sua casa? Se eu contar o quanto você me deve?"
Ele não precisava de força bruta para me derrotar, ele já me tinha nas mãos com aquela maldita dívida. Tudo que eu tentasse, ele poderia simplesmente contar para a Maya, e isso seria o fim de tudo. Eu perderia minha esposa, minha filha, minha vida inteira.
Ainda assim, eu tentei a minha última cartada: implorar. "Marcos, você não pode fazer isso. Eu vou te pagar, só preciso de mais tempo. Não precisa envolver a Maya nessa história." Era patético. Eu implorava para ter minha vida de volta, a. E eu sabia que implorar não iria dar em nada, Marcos deveria estar se deliciando com isso.
A resposta dele veio rápida, fria, sem qualquer traço de piedade. "Mais tempo? Hahahaha. Já te dei tempo demais. Se você não quer que sua esposa saiba da sua dívida, você sabe o que precisa fazer. Não esteja em casa na sexta-feira à noite. A Maya vai estar esperando por mim."
Minhas mãos tremiam tanto que deixei o celular cair. Estava perdido. Se eu tentasse lutar, ele acabaria com a minha vida. Se eu permitisse que aquilo acontecesse, estaria aceitando ser um corno, submisso e humilhado.
Pensei em mil maneiras de escapar dessa situação, mas não havia saída. Eu tinha me enfiado em uma teia de mentiras que agora apertava meu pescoço. Na sexta-feira, eu não teria escolha. A maior parte de mim já havia se rendido.
Inventei uma desculpa qualquer para Maya, alegando que teria uma viagem de trabalho. Ela nem questionou, apenas sorriu e disse para eu me cuidar. Mas o que mais me doeu foi o que veio depois. Quando abri o laptop e vi a tela piscando com uma mensagem dela para o Marcos, senti um aperto que me atravessou o peito:
"Oi, Marcos! O Paulo vai viajar a trabalho hoje e só volta amanhã. Que tal você vir aqui em casa à noite para tomarmos um vinho? Preciso relaxar um pouco... 😉"
Foi como levar um soco no estômago. A ideia de que, assim que eu saísse, ela abriria as portas da nossa casa para ele… Não era apenas eu que estava totalmente submisso e dominado por Marcos. Maya também fazia com maestria sua parte naquele jogo.
Na sexta, derrotado, eu saí de casa, sabendo que eu só voltaria na manhã seguinte. Fiquei num hotel, bebendo que nem um condenado, tentando dormir o mais rápido possível para o tempo passar mais rápido, sendo esmagado com os pesadelos que minha mente criava. Eu fui para um lugar bem escuro aquela noite, pensando até mesmo em acabar com tudo.
Passei a noite totalmente em claro, bebendo. Perto da hora do almoço, quando eu estava me preparando para voltar para casa, o meu celular começou a apitar. Era Marcos mandando diversas mensagens no grupo do futebol.
“Pronto, acabei de ter uma das melhores noites da minha vida… segue os vídeos. 🤣”
Capítulo 9
A gravação começou com Marcos ajeitando o celular numa estante da minha sala, verificando o ângulo cuidadosamente. Ele estava preparando um espetáculo, ciente de que eu assistiria cada segundo daquela tortura.
A gravação mostrava minha sala, o ambiente que eu e minha esposa construímos juntos ao longo dos anos, mas que agora seria transformado no palco para a maior humilhação da minha vida. Eu estava preso, incapaz de desviar o olhar da tela, fascinado e destruído ao mesmo tempo.
Assim que ele se posicionou de volta no sofá, Maya entrou em cena com duas taças de vinho. Senti uma pontada no coração ao ver o que ela vestia. Ela estava maravilhosa, preparada para mais uma sessão de traição ao seu marido. Com vestido preto justo, a meia-calça e o salto alto completando o visual, não era um look complexo, mas algo que eu gostaria que ela vestisse apenas para mim.
Ela se aproximou com um sorriso nervoso que tentava esconder a tensão que sentia. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Marcos tomou as taças de suas mãos, pousando-as na mesa de centro e, sem qualquer aviso, começou a beijá-la.
Marcos mal dedicou um olhar ao visual impecável da minha esposa. Em poucos segundos, ele deslizou o zíper do vestido, revelando a lingerie vermelha de renda que ela havia escolhido para aquela noite. Ele a puxou para si, os beijos intensos, quase vorazes, enquanto suas mãos exploravam cada curva do corpo dela com uma possessividade que me atingia como uma afronta. A forma como ele a tomava ali, na minha própria sala, transmitia uma certeza inquietante de que ele se sentia dono da situação, sem qualquer hesitação ou respeito pelos limites.
Olhando diretamente para câmera Marcos disse: “Qual vai ser a brincadeira que a gente vai fazer hoje?”
Maya soltou um risinho nervoso, o encarou um pouco, e respondeu: “Eu disse que ia tentar Marcos… não sei se é possível fazer o que você quer com o tamanho desse ‘pirocão’”
“O que mesmo você ia tentar?”, ele insistiu, querendo que minha esposa repetisse os planos para noite para os espectadores.
“Eu vou tentar dar o cuzinho para você, meu amor…”, Maya disse num tom manhoso, enquanto acariciava o pau do seu amante por cima da calça.
“E o corno, já teve esse privilégio?”
“Nunca.”
Enquanto Marcos tirava a roupa, Maya se ajoelhou a frente dele, como uma cadela esperando seu petisco. Brincando para a gravação, Marcos com o pau ainda meia bomba, bateu seu membro na cara da minha esposa, que como uma adolescente abobada ria daquele ato humilhante.
“Para sua própria segurança, eu recomendo deixar meu pau bem babado para depois”, Marcos disse rindo. Segurando a cabeça de Maya com as duas mãos, começou a brincadeira. Ele ia afundando cade vez mais e mais o seu membro na boca da minha esposa, um teste de até onde ela conseguiria chupar aquele pau monstruoso.
Maya permanecia inerte, como se fosse apenas um objeto nas mãos de Marcos, até que a falta de ar a forçava a reagir. Ele repetia seu jogo cruel, impondo a ela o máximo que conseguia, esperando que ela se desesperasse por ar. Quando finalmente a via implorar por um instante de alívio, ele a soltava por alguns segundos, apenas para retomar tudo de novo, num ciclo interminável de controle e humilhação que parecia deixá-lo ainda mais satisfeito.
Depois da quinta ou sexta vez, Maya, com a respiração entrecortada e o corpo claramente abalado, pediu um pouco de calma. Ela foi até sua bolsa, onde, como se já tivesse planejado cada detalhe daquela noite, pegou um frasco de lubrificante. Com movimentos lentos, despejou uma quantidade generosa nas mãos e aplicou no corpo dele, seus olhos fixos em Marcos, deixando claro que estava preparada para o que viria. Em seguida, apoiou-se no sofá, ficando de quatro, numa entrega quase ritualística, e, com um tom de voz baixo e quase suplicante, disse: “Devagar, hein…”
Aproveitando que Maya estava de costas, Marcos mandou um joinha para câmera, antes de virar um tapão na raba da minha esposa. No início, ele foi quase meticuloso, avançando centímetro por centímetro, devagar, permitindo que ela se ajustasse à invasão. Era uma dança perversa entre o corpo dela, que resistia em manter a integridade, e o desejo implacável de Marcos, guiado apenas pela busca do próprio prazer.
“Aí Marcos, tá doendo, não sei se vou aguentar”, Maya disse, enquanto mordia as almofadas de casa para não urrar de dor.
Como o cavalheiro que ele era, ao invés de desistir de sodomizar minha esposa, Marcos deu diversos tapas em suas nádegas, o mais forte que ele conseguia. Cada tapa que ela levava, eu sentia na minha própria cara, reflexo de tamanha humilhação que era ver aquele vídeo.
Marcos não era o tipo de pessoa que dava ponto sem nó, focada na dor que sentia dos tapas, Maya relaxava e não sentia a dor de ser arregaçada, o que permitiu ele finalmente fazer o que queria desde o começo daquela noite: meter sem dó e violentamente no cu da minha mulher.
Ela berrava, chorava, mas não pediu novamente para ele parar. Marcos acelerava seus movimentos, fazendo minha esposa se sacudir comicamente, sem controle nenhum, ao ser enrabada no sofá que ganhamos de presente de casamentos dos meus pais.
“A putinha quer leite?”, ele berrou. Eu só me perguntava se o meu vizinho, um senhorzinho de 80 anos, estava ouvindo aquela baixaria, e agora também sabia que eu era corno.
Olhando para trás, Maya balançou vigorosamente a cabeça dizendo que sim.
Minha se ajoelhou na frente dele, para receber a porra do meu agiota direto em seu rosto. Mal ela chegou na posição, ele começou a despejar uma quantidade descomunal de gozo na cara dela, acertando em cheio os olhos dela. Quando ele finalmente terminou, parecia que minha esposa havia derramado um galão inteiro de leite em si mesma. Seu cabelo, seios e rosto estavam completamente cobertos, marcados pelo resultado daquela noite, tornando aquela cena surreal ainda mais difícil de processar.
Eu fiquei ali, em silêncio, incapaz de processar a enormidade do que tinha acabado de ver. Não sabia o que fazer nem por onde começar a juntar as peças do que restava da minha vida. Por mais humilhante que fosse, e por mais revolta que eu sentisse, ainda existia um sentimento enraizado que me impedia de soltar o amor que eu tinha por ela. E, ao mesmo tempo, a ideia de viver ao lado de Maya, sabendo de tudo que ela havia feito, era insuportável.
Foi nessa encruzilhada emocional que o cansaço, o peso das dívidas e da vergonha começaram a se sobrepor à raiva. A realidade era brutal: cada decisão errada me levava de volta a esse ponto, como um ciclo vicioso que eu mesmo havia criado e agora não sabia como desfazer.
Ali, sozinho, apenas olhei para o reflexo no espelho, percebendo o quão distante eu estava do homem que imaginava ser. Eu ainda amava minha esposa, e talvez fosse isso o que mais me corroía. Naquele momento, não tinha uma resposta para o que faria a seguir; sabia apenas que teria que encarar, de um jeito ou de outro, as consequências de todos os meus erros.